12 de outubro de 2012

Sexta feira - por Salomon



                          Sexta feira -  por Salomon 



   Juro pela minha alma injustiçada pelo acaso que sou inocente e que não cometi tal brutalidade, quanto mais com minha própria família, de certo modo, sou realmente culpado, pois foi com minhas próprias mãos que tamanha crueldade foi cometida, não sei como explicar, e nem se realmente tem explicação, mas não consigo me ver como autor da carnificina que estou prestes a relatar. Espero que o seguinte relato possa como vê-los, apesar de saber que nada provará minha inocência.
  Até pouco tempo em minha casa simples moravam cinco entre minha esposa, minha sogra, meu filho, também a nossa mascote, uma cadela da raça pastor alemão, e o dono da casa é claro, minha pessoa.  Há quase um semestre, eu interagia comigo mesmo de uma forma diferente, eu mesmo me fazia perguntas e meu subconsciente respondia isso de uma forma que eu não raciocinava, propriamente simplificando o que eu quero lhes dizer, é que não era só a minha consciência em minha mente, mas existia algum tipo de consciência maligna, sentia a presença como se uma alma a mais habitasse em meu corpo.  Nas noites em que me deitava para dormir e o sono demorava a chegar, refletia comigo mesmo, mas em minha cabeça entrava pensamentos insanos, macabros, o que me assustava, pois não eram meus os pensamentos.
   Quarta feira passada logo após deitar-me com minha esposa para dormir, o cansaço despertou-me logo depois subitamente em meio a uma cena macabra, estava despido no fundo da área que corresponde ao quintal de nossa casa no meio da madrugada cinza, havia sangue em minhas mãos, e uma machada de cortar lenha largada no chão, percebi na arvore do quintal a mascote de nossa pequena família pendurada por um fio em volta do pescoço, era nossa cadela, havia-o matado.  Ainda consegui desfazer toda aquela cena macabra, dei um fim no corpo de nossa mascote, e precisei inventar uma mentira ao nosso filho a respeito do sumiço do animal. E os fatos continuaram na noite seguinte, eu, quase ao amanhecer, levava em minhas mãos uma faca de cozinha quando acordei exatamente na porta do quarto de nosso filho, fiquei espantado com aquilo, a consciência maligna estava tomando conta de meu corpo enquanto eu dormia, pensei na possibilidade do sonambulismo, mas descartei essa ideia, eu sinceramente não sei que maldição estava acontecendo comigo, decidi que não dormir mais, e que depois somente depois procuraria ajuda de um medico, mas meu erro foi justamente esse, após ter se passado uma semana, eu lutava contra o sono, para não dormir, e eu ouvia aquela vós dentro de mim, me mandando dormir, não resistia mais estava perdendo a luta para o sono até que acabei não resistindo e dormi profundamente acho que somente por algumas horas, tempo suficiente para o maldito ser, tomar conta de meu corpo e fazer atrocidades que me condenam até agora.
    Acordei em meio a uma carnificina, havia sangue em todo lugar de estava de pé no banheiro de nossa casa, em frente à banheira, ela estava cheia de água espumada, por instinto acho, afoguei minhas mãos temendo o que eu poderia ter feito com aquela banheira cheia, minhas mãos se encontraram com um corpo submerso, eu puxei-o, era minha esposa, meu deus o que eu fiz? Fiquei logo desesperado, meu coração batia muito forte e apertado, e não sabia o que fazer, sai logo do banheiro, fui ver o quarto de minha sogra, sua porta estava aberta, mas não encontrei seu corpo, havia corvos voando se amontoando no quintal, quando olhei pela janela de vidro, lá estava o corpo gordo de minha sogra, e os corvos sobre ela, que inferno macabro estaria acontecendo comigo? Corri desesperadamente para o quarto de meu filho, havia sangue nas cobertas, em sua cama, só encontrei seu corpo após a antemanhã, avistei agora pouco uma mão que saia de um monte de, meu filho estava mal enterrado misturado com terra bem mais no fundo de nosso quintal do outro lado da casa, não me dei o trabalho de ir verificar direito. Eu não sabia o que fazer, deveria ter procurado ajuda antes, deveria ter contado para alguém sobre a consciência que tomava conta do meu corpo enquanto dormia, mas agora era tarde demais, a maldita consciência me condenara.
   Não tenho palavras para explicar a policia quando ela aparecer, provavelmente eu seria no mínimo condenado à prisão perpetua, ou até mesmo a morte, ou quem sabe nem chegaria a julgamento, não há chance de perdão da sociedade para o que aconteceu, o dia ainda não amanheceu completamente, faltam poucos minutos, não tenho mais nem se quer lagrimas para confortar minha alma.
Decidi por fim a minha vida ao terminar de escrever isto, tenho ao lado de meu escrito uma taça com veneno concentrado, acho que é hora de toma-lo.

                                                                  †††

                  

4 comentários:

  1. PS: O titulo do conto SEXTA FEIRA seria originalmente "A Consciência Maligna" cabe a vocês, decidirem se mudo ou não o titulo.

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  2. -Ótimo texto... Já havia conhecido esses casos de personalidades ocultas como na história 'A Casa na Soleira' de HP Lovecraft...
    -Porque esse idiota escreve isso.......
    -O que foi isso? De onde surgiu essa frase? o.o
    -De mim, seu idiota.................
    -E agora? *engolindo a seco*
    -Que tal escrever uma consciência maligna para os outros dias da semana? Eu quero compania...
    -...

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  3. Acredito que todo mundo tem a sua consciência maligna, todos tem seu lado macabro, seu lado insano, maldito. As vezes eles se manifestam em ações e pensamentos....

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  4. hei cara este é Trashh !mt legal,parabens,mas fique apenas na historia.kkkkk.abrç

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