tag:blogger.com,1999:blog-3944742225667045202024-02-07T15:04:30.530-08:00Os Escritos Insanos de Dominus Salomon LeeDominus Brhttp://www.blogger.com/profile/15517486263583138830noreply@blogger.comBlogger29125tag:blogger.com,1999:blog-394474222566704520.post-13998154633465240732023-03-18T07:31:00.006-07:002023-03-18T07:40:34.460-07:00A trilha - Por Salomon<p> </p><p> N.A: O escrito a seguir é uma adaptação do conto original: A Trilha Maldita, publicado em 2012 visando melhorar um pouco a narrativa a fim de não cansar nem prolongar demais a leitura para meus novos leitores. </p><p><br /></p><p><br /></p><p><br /></p><p><br /></p><p><br /></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgQowSUv2BNZ8o9NJgX4CNe4D0Eg9rGHS7MxyQXDMHxtUncBsuEKHNoO8_-siMuBfzgC4Iyct6F7I3Kc5iYvTobIwRWoFKgp4QbbW3O9VsId6DGQHRaMjCkx_4OTVH5ziZOZepPLeuwtdNoBlHaBRr_rgZt71zRJnRPmBJuG0TxkpV4lp1jkGGYe2JCXw/s2160/2160_30_119.07_Mar182023.gif" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2160" data-original-width="2160" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgQowSUv2BNZ8o9NJgX4CNe4D0Eg9rGHS7MxyQXDMHxtUncBsuEKHNoO8_-siMuBfzgC4Iyct6F7I3Kc5iYvTobIwRWoFKgp4QbbW3O9VsId6DGQHRaMjCkx_4OTVH5ziZOZepPLeuwtdNoBlHaBRr_rgZt71zRJnRPmBJuG0TxkpV4lp1jkGGYe2JCXw/s320/2160_30_119.07_Mar182023.gif" width="320" /></a></div><br /><p></p><p><br /></p><p> O motor estava quente e a gasolina ja estava na reserva, foi o que me fez adentrar a trilha naquela noite. Estava sozinho e o caminho era acidentado com pedras e cercado de árvores com galhos que cobriam o céu. Apesar dos riscos da trilha, era um atalho que me faria economizar algum tempo e recurso.</p><p> Meses antes, uma conhecida da região havia se acidentado ao fazer uma curva estreia ali. Ela voltava de uma festa e não deveria estar pilotando uma moto, morrera ali mesmo muito jovem. Fizeram um quebra molas no caminho para evitar que outros pilotassem com imprudência no local. Junto as pedras também sinalizaram com uma cruz de madeira com seu nome escrito a mão. Chegando nesse local, ao passar o pneu dianteiro no quebra molas, o farol subiu e desceu mirando o nome da falecida, era quase impossivel não ler.</p><p> As velas do pequeno pedestal ja haviam queimado até não sobrar quase nada. Estava tudo tranquilo apesar de um leve arrepio ter subido minha espinha. Lentamente passei o pneu traseiro sobre o quebra molas, por um segundo a moto subiu e desceu novamente. O arrepio tornou-se incomodo já que o peso da moto aumentou mais que o comum. Era como se alguém tivesse pulado subitamente no garupa. Foi quando decidi olhar para traz e a luz traseira da moto apenas indicar a cruz da falecida ainda fincada no solo que pude ver com clareza. Não havia ninguém ali, mesmo assim, senti um aperto na cintura seguido de um arrepio ainda maior na coluna. Acelerei a moto, meu coração havia acelerado junto, estava quase saltando do peito. Não deveria ter olhado para trás. Agora estava dando carona a algo que não podia ver, pensei. </p><p> O alivio só veio depois de sair totalmente daquela trilha macabra e a moto ficar leve novamente. Daquele dia em diante, quem cruzava a trilha a noite, esticava-se até o assento do garupa para não dar carona a garota morta. </p><p> </p><p><br /></p><div class="blogger-post-footer">Este artigo pertence ao Blog: (contosinsanosdesalomon.blogspot.com.br) Plágio é crime e está previsto no artigo 184 do Código Penal. Portanto pense bem antes de copiar qualquer conteúdo aqui postado sem minha expressa autorização!</div>Dominus Brhttp://www.blogger.com/profile/15517486263583138830noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-394474222566704520.post-42157933655363335062023-03-16T23:08:00.006-07:002023-03-16T23:14:34.235-07:00Satan - Por Salomon<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div> Primeiro foi o nosso cachorro, encontrado morto e brutalizado, amarrado a uma arvore no quintal. Era estranho pois não tinhamos vizinhos nem perto nem longe. Morávamos em uma casa isolada, próximo a uma floresta densa e sinistra. Dias depois, o corpo de minha irmã caçula foi encontrado servindo de alimento aos corvos nessa mesma floresta. <div> Meus pais estavam assustados, eles temiam tanto pela minha vida quanto pela deles ja que eu era apenas uma criança indefesa. Eles decidiram que daquela noite em diante, eu dormiria no quarto com eles. Isso foi ótimo para mim, pois aquela era noite de sacrificio em dobro para meu mestre satan.</div><div><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg3ckI5tjBRReknK4cWemh2WOYLd79cvc9A8qkDLkQ-KkHYitVUpiwgvbHv0FC42HvFiWbT7qHKn8T4uMQD7iVdyjHzN2hmvbU5bzQPo1Lo1k5O0GfhaBHAlSj2nNWuBEl9IlZd4l26iIN5aC4Hxgo0TlyB1cPgars7o1rl12Yg8r8AobjTvHW2QNNg7A/s1280/20230317_030654.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1280" data-original-width="1280" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg3ckI5tjBRReknK4cWemh2WOYLd79cvc9A8qkDLkQ-KkHYitVUpiwgvbHv0FC42HvFiWbT7qHKn8T4uMQD7iVdyjHzN2hmvbU5bzQPo1Lo1k5O0GfhaBHAlSj2nNWuBEl9IlZd4l26iIN5aC4Hxgo0TlyB1cPgars7o1rl12Yg8r8AobjTvHW2QNNg7A/s320/20230317_030654.png" width="320" /></a></div><br /><div><br /></div><div class="blogger-post-footer">Este artigo pertence ao Blog: (contosinsanosdesalomon.blogspot.com.br) Plágio é crime e está previsto no artigo 184 do Código Penal. Portanto pense bem antes de copiar qualquer conteúdo aqui postado sem minha expressa autorização!</div>Dominus Brhttp://www.blogger.com/profile/15517486263583138830noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-394474222566704520.post-74445205881478555792023-03-16T22:17:00.010-07:002023-03-18T07:41:01.417-07:00O Abismo - Por Salomon<p style="text-align: center;"> Ele era feio...</p><p> E tinha todas as feições de uma criatura desumana como um monstro. Totalmente desprovido de vaidade ou qualquer cuidado estético. O tempo não o perdoou e castigou-lhe com rugas e um olhar severo de ódio, quase melancólico. Dava-me nojo olhar para aquilo parado a minha frente. Raiva, era o que dava para sentir quando ele encarava-me de volta, ja tentei ignora-lo antes, mas era impossivel, chamava a atenção mesmo sem querer. Quanto mais dirigia o olhar, mais ele rebatia de volta, mas com ódio nos olhos. O odio era recíproco. Meus punho ja cerrado nao se segurava mais, e foi de encontro a face dele. No caminho,encontrou o mesmo punho espelhado, a superficie rachou e os cacos começaram a cair no chão acompanhados de gotículas de sangue, meu sangue. Eu não aceitava que aquela criatura era eu. </p><p><br /></p><p><br /></p><p>•|||•°|||°•|||•°|||°</p><p><br /></p><p><br /></p><p><br /></p><p><br /></p><p>N.A : O escrito acima, é um remake do conto original : Um monstro, também escrito por mim. O motivo que me levou a reescrever desta forma foi de que a releitura do conto original pode ser um pouco cansativo para a nova geração de leitores assim como foi para mim o proprio autor, além de que também, nesta nova obra, foram feitas mudanças em relação a narrativa. Acredito que não está perfeita, mas está "insano" como gostamos de ler. </p><div class="blogger-post-footer">Este artigo pertence ao Blog: (contosinsanosdesalomon.blogspot.com.br) Plágio é crime e está previsto no artigo 184 do Código Penal. Portanto pense bem antes de copiar qualquer conteúdo aqui postado sem minha expressa autorização!</div>Dominus Brhttp://www.blogger.com/profile/15517486263583138830noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-394474222566704520.post-46079582163671538972023-03-16T21:39:00.001-07:002023-03-16T21:39:51.926-07:00Um Sonho Perturbador - Por Salomon<p> Acordei no escuro depois de um pesadelo horrivel. Haviam pessoas ao meu redor trajando preto, eu as podia ouvir chorando por mim. Meu corpo paralisado de medo como em qualquer pesadelo, e as vozes eram muitas, ecoando no sonho por horas até quase me enlouquecer.</p><p> Por sorte, acordei aliviado daquele pesadelo horrivel, porém, quando estiquei a mão para ascender o abajur que deveria estar ao lado da cama, minha mão batera em algo solido, quente e de madeira. Foi então que percebi, não era pesadelo, era real. Me enterraram vivo. </p><p><br /></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg0vxyaF2JhSI_E01cMNEelR9hHJfI_gO5Yc_6Hzl4gsIuzIwByhxLSQHPey25I2HH9LabpIrvbP-rfjW2mvCSGT5ZNx0-taOxZrulFJ3_Gr3VZaaq2YW1S-xXKVYibs0Qe7DB6xcq3QRGvci94Ovw07SmLCFV-y3kpjff3YV90938qrctMHhJOFRBWDA/s640/open-eyes-dave-stuart.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="440" data-original-width="640" height="220" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg0vxyaF2JhSI_E01cMNEelR9hHJfI_gO5Yc_6Hzl4gsIuzIwByhxLSQHPey25I2HH9LabpIrvbP-rfjW2mvCSGT5ZNx0-taOxZrulFJ3_Gr3VZaaq2YW1S-xXKVYibs0Qe7DB6xcq3QRGvci94Ovw07SmLCFV-y3kpjff3YV90938qrctMHhJOFRBWDA/s320/open-eyes-dave-stuart.gif" width="320" /></a></div><br /><p><br /></p><div class="blogger-post-footer">Este artigo pertence ao Blog: (contosinsanosdesalomon.blogspot.com.br) Plágio é crime e está previsto no artigo 184 do Código Penal. Portanto pense bem antes de copiar qualquer conteúdo aqui postado sem minha expressa autorização!</div>Dominus Brhttp://www.blogger.com/profile/15517486263583138830noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-394474222566704520.post-23179349761738283512023-03-16T21:26:00.002-07:002023-03-17T08:19:14.093-07:00Marcas do Demonio - Por Salomon<p> Sempre que tinha o mesmo pesadelo eu fechava os olhos com força, e acordava em minha cama. Era frequente receber a visita do vulto escuro com garras nas mãos. Certa noite, ele apareceu, eu não sentia mais medo, até pressionar com força os olhos cerrados e sentir que aquilo não era um sonho. Quando despertei, estava no hospital, não sabia quanto tempo havia se passado desde aquela noite, só sabia que ele havia deixado marcas. </p><div class="blogger-post-footer">Este artigo pertence ao Blog: (contosinsanosdesalomon.blogspot.com.br) Plágio é crime e está previsto no artigo 184 do Código Penal. Portanto pense bem antes de copiar qualquer conteúdo aqui postado sem minha expressa autorização!</div>Dominus Brhttp://www.blogger.com/profile/15517486263583138830noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-394474222566704520.post-5991794494504043072023-03-16T21:10:00.001-07:002023-03-16T21:10:41.823-07:00Um Recado aos leitores e Detetives da Internet<p> Ha poucos minutos, revisei a publicação anterior: SOZINHA, que julgo ser uma de minhas melhores criações literárias. Junto com a publicação, me veio um desejo compulsivo de reler alguns contos ja publicados por mim. Foi então que no primeiro escrito que encontrei, me deparei com erros grotescos de gramatica e concordância do tipo que só o "meu eu" adolescente escreveria. Comecei a revisa-lo e assim o fiz, mas depois disto, após uma releitura, mesmo com a revisão, não me agradou o que eu havia acabado de ler, foi então que decidi apaga-lo, o mesmo tive que fazer com vários outros escritos que me desagradaram apesar de ter sido eu mesmo o autor.</p><p> Dói me desfazer de algo que ha muito tempo fora feito com carinho mas creio que foi nescessário. Tenho em minhas outras redes sociais, algumas obras não publicadas que pretendo trazer para o blog se minha preguiça permitir. Os novos escritos estão no formato de Microcontos, e seguem a linha do terror na qual ja somos familiarizados. Espero não agradar a todos mas tirar um leve sorriso de quem os lê com a alma. </p><p><br /></p><p> Para os meus leitores...</p><p><br /></p><p> Abraço.</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjx6nnMST-E91hlaEB1R4Twx6fMR9Su8YC4zP9HkTt0zACcC8vsxFpGpABVAO2IPvHdBPDkAC4WpZgs2UXkivOsGJRYPCDDAwuWs3ccyqCeBdd-eHOehwPlgsTeclV3o1VMbMFM5UFHNiDrzHA9kJj__b3yD-2_T72-tcjg0RUPcgvSb_YkqFPBzrE2Nw/s4032/20210505_111458.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="4032" data-original-width="3024" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjx6nnMST-E91hlaEB1R4Twx6fMR9Su8YC4zP9HkTt0zACcC8vsxFpGpABVAO2IPvHdBPDkAC4WpZgs2UXkivOsGJRYPCDDAwuWs3ccyqCeBdd-eHOehwPlgsTeclV3o1VMbMFM5UFHNiDrzHA9kJj__b3yD-2_T72-tcjg0RUPcgvSb_YkqFPBzrE2Nw/s320/20210505_111458.jpg" width="240" /></a></div><br /><p></p><p> </p><p> </p><div class="blogger-post-footer">Este artigo pertence ao Blog: (contosinsanosdesalomon.blogspot.com.br) Plágio é crime e está previsto no artigo 184 do Código Penal. Portanto pense bem antes de copiar qualquer conteúdo aqui postado sem minha expressa autorização!</div>Dominus Brhttp://www.blogger.com/profile/15517486263583138830noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-394474222566704520.post-17242190486850196742023-03-16T20:17:00.010-07:002023-03-16T22:19:15.722-07:00SOZINHA - Por Salomon<p> Era tarde da noite quando ela voltou para casa onde morava sozinha. Após o banho, vestiu seu roupão e foi assistir tv. Se ela fosse um pouco mais atenta, teria notado a janela do quarto aberta, a tampa da privada levantada e a porta do closet abrindo lentamente. </p><p><br /></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjzTTg_VoDFKM34pJnfqWo0rHVBM-oBEv5qlpMd8sHthwBISyCnk6eMcBykCmFmmiVgdlKa8HTD5ICnaIjMiUT2FhUfiPZ31QoBtn0CHwgz4xvNg4Ao92eCeOXnSYTUxebcSBF-c4H9fZ7txvtN_Krp3DO-IzRTFeLkGdtFNpGr0Rv8ZxDEFccfzWaRvQ/s739/images.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="415" data-original-width="739" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjzTTg_VoDFKM34pJnfqWo0rHVBM-oBEv5qlpMd8sHthwBISyCnk6eMcBykCmFmmiVgdlKa8HTD5ICnaIjMiUT2FhUfiPZ31QoBtn0CHwgz4xvNg4Ao92eCeOXnSYTUxebcSBF-c4H9fZ7txvtN_Krp3DO-IzRTFeLkGdtFNpGr0Rv8ZxDEFccfzWaRvQ/w640-h360/images.jpeg" width="640" /></a></div><br /><p><br /></p><div class="blogger-post-footer">Este artigo pertence ao Blog: (contosinsanosdesalomon.blogspot.com.br) Plágio é crime e está previsto no artigo 184 do Código Penal. Portanto pense bem antes de copiar qualquer conteúdo aqui postado sem minha expressa autorização!</div>Dominus Brhttp://www.blogger.com/profile/15517486263583138830noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-394474222566704520.post-40755560633349178992015-10-08T21:43:00.002-07:002015-10-08T22:07:06.220-07:00ATÉ O FIM ( parte 2) <div style="background-color: white; font-family: Roboto, 'Droid Sans', Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px; margin-bottom: 6px; padding: 0px;">
Parte 2</div>
<div style="background-color: white; font-family: Roboto, 'Droid Sans', Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px; margin-bottom: 6px; padding: 0px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; font-family: Roboto, 'Droid Sans', Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px; margin-bottom: 6px; padding: 0px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; font-family: Roboto, 'Droid Sans', Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px; margin-bottom: 6px; padding: 0px;">
<div style="text-align: justify;">
</div>
</div>
<div style="background-color: white; font-family: Roboto, 'Droid Sans', Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px; margin-bottom: 6px; padding: 0px;">
<div style="text-align: justify;">
Erick ainda estava profundamente abalado. Enquanto dirigia rumo a sua casa em um bairro pouco distante dali, seus pensamentos se voltavam hora para o estranho que tentara salvar a vida levando ao hospital, hora concentrado nos ferimentos do braço do rapaz. Pensava naqueles ferimentos, aquelas estranhas marcas de mordida que não lhe eram incomum apesar de saber que nenhum animal deixaria uma marca assim, nenhum exceto o homem.</div>
</div>
<div style="background-color: white; font-family: Roboto, 'Droid Sans', Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px; margin-bottom: 6px; padding: 0px;">
<div style="text-align: justify;">
Chega! Erick não queria mais pensar naquilo, uma vida se fora, mas ele fez tudo o que podia fazer, não tinha culpa de nada e agora só queria esquecer o que aconteceu. Ligou o radio do carro. Que sorte, tocava sua musica favorita. Durante alguns minutos a viajem fora tranquila ao som de sua trilha sonora, cantada pela voz de uma deusa da musica, seu maior ídolo. A noite parecia calma, não havia movimento de carros nem de pedestres, parecia que a cidade toda estava adormecida. Com a musica, Erick se distrai, não nota uma estranha passando na frente do seu carro sem olhar para os lados. Já era tarde demais para se desviar, o acidente foi inevitável. Com a violência da batida, o corpo fora praticamente arremessado, vinte metros na frente do carro.</div>
</div>
<div style="background-color: white; font-family: Roboto, 'Droid Sans', Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px; margin-bottom: 6px; padding: 0px;">
<div style="text-align: justify;">
Assustado, Erick sai do carro e corre em direção ao corpo arremessado no chão, enquanto isso, no radio do carro, sua musica era interrompida por um alerta regional:</div>
</div>
<div style="background-color: white; font-family: Roboto, 'Droid Sans', Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px; margin-bottom: 6px; padding: 0px;">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div style="background-color: white; font-family: Roboto, 'Droid Sans', Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px; margin-bottom: 6px; padding: 0px;">
<div style="text-align: justify;">
(...) Atenção habitantes, quem vos fala é o agente de segurança nacional, quero que prestem muita atenção no que vou falar: Uma horrível infecção infestou a cidade. Os infectados são pessoas perigosas e agressivas, por tanto tomem muito cuidado. Aconselhamos a todas as famílias que fiquem em suas casas e lá permaneçam até o problema ser amenizado. Por favor, não saiam de suas casas, e se virem alguém, com os olhos totalmente brancos, corram, é um infectado! Permaneçam com o radio ligado para mais informações em breve! Tenham uma boa noite. Obrigado (...)</div>
</div>
<div style="background-color: white; font-family: Roboto, 'Droid Sans', Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px; margin-bottom: 6px; padding: 0px;">
<div style="text-align: justify;">
Erick estava distante, não conseguira ouvir o alerta no radio, estava longe prestando socorro a estranha mulher que entrara na frente do seu carro. Ao se aproximar, Erick nota a perna da moça dobrada para trás, quebrada, pior, sua perna estava em estado avançado de decomposição, deveria ser uma doença ou algo do tipo, Erick não deu atenção a isso. A jovem era uma moça, uma adolescente, parecia estar desacordada. Não lhe surpreende, depois de uma batida violenta como aquela, a jovem deveria no mínimo desfalecer-se, perdendo todos os sentidos, ou mesmo, a vida. Mas Erick se surpreende depois de se aproximar dela, e ver a jovem abrir os olhos e gemer como se agonizasse com a dor do impacto da batida.</div>
</div>
<div style="background-color: white; font-family: Roboto, 'Droid Sans', Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px; margin-bottom: 6px; padding: 0px;">
<div style="text-align: justify;">
—Moça, você está bem? Eu não a vi atravessando a rua, me perdoa, olha... Já estou chamando a ambulância. — Dizia Erick pegando o celular no bolso e discando o numero de emergência. Esperou atenderem, mas o outro lado da linha não dava sinal de vida. Após longos segundos de espera, desiste. A jovem se contorcia e gemia deixando Erick agoniado e sem saída. Não sabia o que fazer, Tinha medo de fazer o mesmo que fizera com o outro que tentara salvar, mas tinha medo. Ela estava em um estado muito pior que o outro, precisava ficar parada, imobilizada. Um carro pequeno não era um bom transporte naquela situação, ela precisava urgentemente de uma ambulância, pensava Erick.</div>
</div>
<div style="background-color: white; font-family: Roboto, 'Droid Sans', Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px; margin-bottom: 6px; padding: 0px;">
<div style="text-align: justify;">
Desesperado, fica ao lado da moça, perdido e sem saber o que fazer, logo avista um grupo de cinco pessoas, caminhando um pouco longe, há dois quarteirões. Erick grita por socorro.</div>
</div>
<div style="background-color: white; font-family: Roboto, 'Droid Sans', Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px; margin-bottom: 6px; padding: 0px;">
<div style="text-align: justify;">
—Ei, vocês ai, alguém ajuda! Ela foi atropelada precisa de ajuda rápido!— E em resposta, os cinco se voltam para Erick com olhares famulentos. Se Erick os observasse com atenção, veria que um estava sem uma das orelhas, outro sem um dos braços e o mais assustador, havia um sem metade da cabeça. Ambos se apressaramm correndo em direção a Erick.</div>
</div>
<div style="background-color: white; font-family: Roboto, 'Droid Sans', Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px; margin-bottom: 6px; padding: 0px;">
<div style="text-align: justify;">
—Ótimo moça, eles estão vindo ajudar— Dizia Erick enquanto voltava-se para a moça, mas ao voltar-se para trás, seu corpo estremeceu. A jovem levantava-se sozinha, mesmo sobre a perna quebrada ela punha-se de pé. Erick aquiesceu-se, assustado, olhava nos olhos da jovem, não viu nada além de suas órbitas brancas cercadas por grossas olheiras negras. Era um zumbi praticamente. Pálida como cadáver, ela rosnava como um animal faminto que de fome ameaçava atacar. Ela parecia fita-lo como se fosse à presa da vez. De repente, ela o atacou.</div>
</div>
<div style="background-color: white; font-family: Roboto, 'Droid Sans', Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px; margin-bottom: 6px; padding: 0px;">
<div style="text-align: justify;">
Erick se esquivou da jovem que tendo errado seu alvo, caiu no asfalto desajustada como uma boneca sem vida, em seguida, novamente ela ficou de pé e voltando-se para trás, na direção de Erick. Ele, ainda mais assustado do que antes, recua alguns passos, ela avança na mesma proporção, de repente um susto. Os cinco estranhos que corriam em direção a eles, subitamente surgiram por trás da jovem e começaram a mordê-la, esquecendo por um breve momento que ali perto havia carne mais fresca.</div>
</div>
<div style="background-color: white; font-family: Roboto, 'Droid Sans', Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px; margin-bottom: 6px; padding: 0px;">
<div style="text-align: justify;">
Aterrorizado, Erick sentiu seu sangue gelar nas veias, tentou correr, mas suas pernas travaram de medo. Não conseguia se quer desviar o olhar daquela cena de canibalismo, e por que não? O homem é o ser mais abominável da face da terra. De tão aterrorizado não fez esforço para se afastar de um dos estranhos sem o braço que o notara ali perto e agora se aproximava, rosnando como um bicho selvagem. Somente com a dor de uma mordida na perna, Erick como se despertasse de um pesadelo voltou a si. Chutando a cabeça do que o havia mordido, acabou chamando atenção dos demais que devoravam a jovem. Agora todos o viam como um saboroso pedaço de carne viva. Erick correu o mais rápido que suas pernas permitiam.</div>
</div>
<div style="background-color: white; font-family: Roboto, 'Droid Sans', Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px; margin-bottom: 6px; padding: 0px;">
<div style="text-align: justify;">
Nova surpresa, ao virar a esquina, deparou-se com uma multidão de seres com olhos brancos e caminhar vagaroso que rosnavam e grunhiam como animais. Evitou seguir adiante, continuou a correr sem direção, evitando passar pelos zumbis, não adiantava, eles estavam por toda parte, infestando a cidade como uma praga que se alastra rapidamente por um campo de verduras. Após muito correr, só encontrou um lugar com as postas abertas para onde ele pode se refugiar. Sem escolha, correu para a delegacia local.</div>
</div>
<div style="background-color: white; font-family: Roboto, 'Droid Sans', Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px; margin-bottom: 6px; padding: 0px;">
<div style="text-align: justify;">
Ao fechar as portas atrás de si, Erick se surpreende com o interior da delegacia. Esperava encontrar algum sobrevivente, alguma pessoa normal que pudesse ajuda-lo, mas infelizmente, isso, ele não encontraria por ali. O lugar estava totalmente devastado, como se um furacão tivesse passado por ali. Havia bagunça por toda parte, cadeiras quebradas, mesas jogadas e todo tipo de objetos espalhados pelo chão. Com certeza os zumbis haviam passado por ali, mas será que ainda estavam ali? Por precaução, Erick revistou as gavetas de uma das mesas do escritório do delegado, acabou encontrando uma arma ponto-40 com um pente cheio. Erick nunca havia manuseado uma antes, mesmo assim, guardou-a no bolso.</div>
</div>
<div style="background-color: white; font-family: Roboto, 'Droid Sans', Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px; margin-bottom: 6px; padding: 0px;">
<div style="text-align: justify;">
Do escritório do delegado, Erick saiu rumo à ala onde ficavam as celas dos presos. Enquanto se aproximava do corredor das celas onde deveriam estar os detentos, um ruído fino, quase inaudível ganhava mais definição, à medida que Erick se aproximava das celas, o ruído crescia. Antes de aproximar mais um passo a frente, sacou e destravou a arma, era melhor ficar atento caso encontrasse outro zumbi. Prosseguiu a passos lentos e silenciosos na direção do estranho ruído. Logo chegou ao corredor com celas abertas. Deveria haver detentos presos ali, mas não, o lugrar parecia deserto. Durante a epidemia, devem ter aproveitado o caos para uma rebelião e fugir, por isso, o lugar inteiro encontrava-se aberto. Seguindo em frente, Erick chegou à fonte do ruído. O barulho vinha do interior de uma das celas dos detentos, era preciso checar, fazer o ruído parar, pois poderia atrair os zumbis para a delegacia.</div>
</div>
<div style="background-color: white; font-family: Roboto, 'Droid Sans', Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px; margin-bottom: 6px; padding: 0px;">
<div style="text-align: justify;">
Era preciso chegar mais perto, entrar no interior da cela para descobrir. Erick o fez. Apesar da pouca iluminação dava para ver bem os uniformes da policia amontoados no canto da cela. Eram os policiais, de costas, encolhidos no canto. </div>
</div>
<div style="background-color: white; font-family: Roboto, 'Droid Sans', Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px; margin-bottom: 6px; padding: 0px;">
<div style="text-align: justify;">
—Olá?</div>
</div>
<div style="background-color: white; font-family: Roboto, 'Droid Sans', Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px; margin-bottom: 6px; padding: 0px;">
<div style="text-align: justify;">
Todos se voltaram para Erick que agora consegue ver de onde vinha o ruído. Havia um detento, gemendo de dor, sua cabeça estava entre as grades da cela onde estava trancafiado, tamanho era seu desespero durante a rebelião, tentou em vão atravessar as grades para se salvar, agora estava a ser devorado pelos policiais zumbis. Um deles, ao ver Erick, carne viva, ataca-o. Erick aponta sua arma na direção do policial zumbi efetuando dois disparos. Com o barulho dos tiros, os outros zumbis se alertam, Erick corre.</div>
</div>
<div style="background-color: white; font-family: Roboto, 'Droid Sans', Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px; margin-bottom: 6px; padding: 0px;">
<div style="text-align: justify;">
Desesperado, Erick atira a esmo nos policiais zumbis que o perseguiam, assim, conseguindo mais tempo para fugir. Precisava refugiar se isolar se quisesse sobreviver. Logo consegue chegar à sala do delegado. Ele adentra a sala, fechando a porta com a mesa do escritório sabendo que aquilo não os segurará por muito tempo. Não havia mais o que fazer, pois os zumbis já estavam atrás da porta, arranhando-a com unhas e dentes, desesperados para cravar os dentes na carne de Erick. </div>
</div>
<div style="background-color: white; font-family: Roboto, 'Droid Sans', Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px; margin-bottom: 6px; padding: 0px;">
<div style="text-align: justify;">
Erick tira o pente da arma, tinha apenas uma única bala. Olha em volta, deveria haver algum pente sobrando naquela sala, mas não encontrou. No lugar disso, encontrou sobre um armário de metal em um dos cantos do gabinete, um aparelho de radio. Apesar de não ser a melhor hora para ouvir musica, Erick o liga no momento que era transmitido novo alerta regional:</div>
</div>
<div style="background-color: white; font-family: Roboto, 'Droid Sans', Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px; margin-bottom: 6px; padding: 0px;">
<div style="text-align: justify;">
(...) Lamentamos comunicar novas e más noticias sobre a infecção que está tornando nossos habitantes em verdadeiros canibais, agora, para quem estiver me ouvindo, estou aqui com o Doutor Lee, Um dos responsáveis pela produção do vírus do zumbi.</div>
</div>
<div style="background-color: white; font-family: Roboto, 'Droid Sans', Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px; margin-bottom: 6px; padding: 0px;">
<div style="text-align: justify;">
Dr. Lee— Por favor, primeiro peço que prestem bastante atenção, quero que todos os sobreviventes que estiverem ouvindo permaneçam em suas casas e não saiam, as ruas estão infestadas dessas coisas. Segundo: tomem muito cuidado para não ser mordido pelas criaturas, pois o vírus é muito contagioso, apenas um leve corte dos dentes ou unhas deles é o suficiente para infecta-lo, matando-o aos poucos. Após a morte o resultado é o infecto tornar-se um canibal, como eles. Terceiro (...)</div>
</div>
<div style="background-color: white; font-family: Roboto, 'Droid Sans', Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px; margin-bottom: 6px; padding: 0px;">
<div style="text-align: justify;">
Erick novamente aquiesceu-se quando as luzes se apagaram, algum zumbi maldito devia ter quebrado o quadro de energia fazendo o quartinho apertado escurecer totalmente. Agora Erick via-se no inferno. Não havia luz, não havia mais rádio, não havia mais saida. Estava preso em um gabinete no interior de uma delegacia infestada de zumbis que queriam devora-lo a todo custo. Erick ainda sente a forte dor na perna, logo, lembra que fora mordido por um dos zumbis enquanto socorria a moça. Agora as palavras do médico ecoavam em sua cabeça:</div>
</div>
<div style="background-color: white; font-family: Roboto, 'Droid Sans', Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px; margin-bottom: 6px; padding: 0px;">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div style="background-color: white; font-family: Roboto, 'Droid Sans', Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px; margin-bottom: 6px; padding: 0px;">
<div style="text-align: justify;">
“Tomem muito cuidado para não ser mordido pelas criaturas, pois o vírus é muito contagioso, apenas um leve corte dos dentes ou unhas deles é o suficiente para infecta-lo, matando-o aos poucos. Após a morte o resultado é o infecto tornar-se um canibal, como eles”.</div>
</div>
<div style="background-color: white; font-family: Roboto, 'Droid Sans', Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px; margin-bottom: 6px; padding: 0px;">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div style="background-color: white; font-family: Roboto, 'Droid Sans', Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px; margin-bottom: 6px; padding: 0px;">
<div style="text-align: justify;">
Era o fim para Erick. A dor pequena mordida em sua perna doía como se tivesse pisado em uma mina. Pior era saber que em breve, se tornaria um canibal como os outros. Não havia cura, não havia escapatória. No escuro da sala Erick recoloca o pente na arma, destrava-a e em seguida leva até a cabeça. Do lado de fora da delegacia ouve-se um disparo, um clarão de luz, iluminou o escuro no gabinete do delegado naquela noite. </div>
</div>
<div style="background-color: white; font-family: Roboto, 'Droid Sans', Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px; margin-bottom: 6px; padding: 0px;">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div style="background-color: white; font-family: Roboto, 'Droid Sans', Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px; margin-bottom: 6px; padding: 0px;">
<div style="text-align: justify;">
FIM</div>
</div>
<div style="background-color: white; font-family: Roboto, 'Droid Sans', Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px; margin-bottom: 6px; padding: 0px;">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh8iZJxCM9W-67rrM3xqs-6p6YtugwTJW97lARgKWxg4nDtjtXH08OK9Iezyl1poA5fFgydiKj0RihQLp9OXMDrioadTLKPktXIO2BQtKDgbYRSM08sSzOuCbL5g06wU9G32WMZeATkjMFC/s1600/images+%25285%2529.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="385" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh8iZJxCM9W-67rrM3xqs-6p6YtugwTJW97lARgKWxg4nDtjtXH08OK9Iezyl1poA5fFgydiKj0RihQLp9OXMDrioadTLKPktXIO2BQtKDgbYRSM08sSzOuCbL5g06wU9G32WMZeATkjMFC/s640/images+%25285%2529.jpg" width="640" /></a></div>
<div style="background-color: white; font-family: Roboto, 'Droid Sans', Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px; margin-bottom: 6px; padding: 0px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; font-family: Roboto, 'Droid Sans', Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px; margin-bottom: 6px; padding: 0px;">
<br /></div>
<div class="blogger-post-footer">Este artigo pertence ao Blog: (contosinsanosdesalomon.blogspot.com.br) Plágio é crime e está previsto no artigo 184 do Código Penal. Portanto pense bem antes de copiar qualquer conteúdo aqui postado sem minha expressa autorização!</div>Dominus Brhttp://www.blogger.com/profile/15517486263583138830noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-394474222566704520.post-66442723128689804942015-08-04T23:13:00.001-07:002015-08-04T23:13:42.950-07:00ATÉ O FIM (PARTE 1)<div style="background-color: white; font-family: Roboto, 'Droid Sans', Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px; margin-bottom: 6px; padding: 0px;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgc2xYnDir6P-o5aPHlEQ7ZDjMOAVUPAF9vkgBNR1oY76OXVtExX8fcXp7BY1pzriVY__OnlAf5BiRR1nhO1m88oUHMmiBaJDWWVPB5BXwRoKjpueRU4LINGv7Tsm9klSXWJTHFifFWBjt3/s1600/unnamed.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="392" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgc2xYnDir6P-o5aPHlEQ7ZDjMOAVUPAF9vkgBNR1oY76OXVtExX8fcXp7BY1pzriVY__OnlAf5BiRR1nhO1m88oUHMmiBaJDWWVPB5BXwRoKjpueRU4LINGv7Tsm9klSXWJTHFifFWBjt3/s640/unnamed.jpg" width="640" /></a></div>
<div style="background-color: white; font-family: Roboto, 'Droid Sans', Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px; margin-bottom: 6px; padding: 0px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; font-family: Roboto, 'Droid Sans', Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px; margin-bottom: 6px; padding: 0px;">
Desesperados, os médicos corriam contra o tempo levando um paciente em uma maca sobre rodas pelos corredores do hospital. Durante o trajeto, a vítima gemia alto, seu braço sangrava e seu corpo tremia.</div>
<div style="background-color: white; font-family: Roboto, 'Droid Sans', Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px; margin-bottom: 6px; padding: 0px;">
—Muito bem, o que temos aqui?— Perguntou o doutor enquanto lavava as mãos e punha as luvas.</div>
<div style="background-color: white; font-family: Roboto, 'Droid Sans', Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px; margin-bottom: 6px; padding: 0px;">
—O paciente é caucasiano branco, identidade desconhecida foi encontrada na beira de uma estrada. Parece que foi atacado por algum animal selvagem, perdeu muito sangue e seu braço foi literalmente devorado— Respondeu o médico auxiliar.</div>
<div style="background-color: white; font-family: Roboto, 'Droid Sans', Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px; margin-bottom: 6px; padding: 0px;">
—Oh muito bem, e agora qual o procedimento?</div>
<div style="background-color: white; font-family: Roboto, 'Droid Sans', Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px; margin-bottom: 6px; padding: 0px;">
—Vamos... Amputar o que restou do braço devorado e tentar reanimar o paciente.</div>
<div style="background-color: white; font-family: Roboto, 'Droid Sans', Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px; margin-bottom: 6px; padding: 0px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; font-family: Roboto, 'Droid Sans', Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px; margin-bottom: 6px; padding: 0px;">
Minutos depois, durante a operação médica, o paciente mesmo desacordado ainda gemia de dor, mesmo sob o efeito de anestesia e sonífero aplicado antes da operação o que deixava o médico e seus auxiliares ainda mais nervosos.</div>
<div style="background-color: white; font-family: Roboto, 'Droid Sans', Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px; margin-bottom: 6px; padding: 0px;">
—Coloquem-no para dormir! — Pedia o dirigente.</div>
<div style="background-color: white; font-family: Roboto, 'Droid Sans', Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px; margin-bottom: 6px; padding: 0px;">
—Não dá, não dá! Com a dose que demos nele, derrubaria até um elefante! — Respondia um dos auxiliares.</div>
<div style="background-color: white; font-family: Roboto, 'Droid Sans', Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px; margin-bottom: 6px; padding: 0px;">
—Frequência cardíaca diminuindo drasticamente, Estamos perdendo o paciente! — Anunciou outro.</div>
<div style="background-color: white; font-family: Roboto, 'Droid Sans', Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px; margin-bottom: 6px; padding: 0px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; font-family: Roboto, 'Droid Sans', Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px; margin-bottom: 6px; padding: 0px;">
Enquanto os médicos desesperados tentavam não perder o paciente, Erick que foi o motorista caridoso que o encontrara na estrada, inquietava-se na sala de espera junto com outros pacientes e familiares dos mesmos. Sentia-se estranho, a todo momento lembrava e relembrava dos ferimentos que o rapaz tinha no braço. Lembrava-se de como ficou espantado ao ver aquele corpo quase morto na beira da estrada e do quanto ficou assustado ao ver o estado que o braço do estranho quase totalmente devorado por mordidas que ele nunca vira antes.</div>
<div style="background-color: white; font-family: Roboto, 'Droid Sans', Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px; margin-bottom: 6px; padding: 0px;">
Que tipo de animal feroz atacava daquela forma uma pessoa? Que tipo de animal deixava aquelas marcas de mordidas estranhas? Mordidas até muito semelhantes, as marcas dos dentes pareciam até... Humanas!</div>
<div style="background-color: white; font-family: Roboto, 'Droid Sans', Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px; margin-bottom: 6px; padding: 0px;">
—Olá, o senhor é que acompanha o paciente que foi encontrado na beira da estrada?— Erick se assusta, estava tão concentrado em pensamentos que nem notara o médico se aproximando.</div>
<div style="background-color: white; font-family: Roboto, 'Droid Sans', Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px; margin-bottom: 6px; padding: 0px;">
—Sim sou eu, ele está bem?</div>
<div style="background-color: white; font-family: Roboto, 'Droid Sans', Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px; margin-bottom: 6px; padding: 0px;">
O médico hesita em dar-lhe a trágica noticia, um breve momento de silêncio fez-se na sala de espera. Então de cabeça baixa o médico responde:</div>
<div style="background-color: white; font-family: Roboto, 'Droid Sans', Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px; margin-bottom: 6px; padding: 0px;">
—Fizemos de tudo para salva-lo, mas, não foi o suficiente. Ele morreu após uma convulsão.</div>
<div style="background-color: white; font-family: Roboto, 'Droid Sans', Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px; margin-bottom: 6px; padding: 0px;">
Erick aquiesceu-se, mesmo não sendo amigo, parente nem mesmo conhecido do paciente que se fora, sentia-se mal pela morte do rapaz que tentara salvar. </div>
<div style="background-color: white; font-family: Roboto, 'Droid Sans', Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px; margin-bottom: 6px; padding: 0px;">
—Você conhece os familiares do jovem?— Indaga o médico.</div>
<div style="background-color: white; font-family: Roboto, 'Droid Sans', Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px; margin-bottom: 6px; padding: 0px;">
—Não.</div>
<div style="background-color: white; font-family: Roboto, 'Droid Sans', Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px; margin-bottom: 6px; padding: 0px;">
—Tudo bem então, está tarde, sei que quer ir para casa, você já pode ir agora. O corpo ficará no IML para ser identificado por pessoas que tenham perdido algum familiar amanhã.</div>
<div style="background-color: white; font-family: Roboto, 'Droid Sans', Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px; margin-bottom: 6px; padding: 0px;">
—Certo então, obrigado!</div>
<div style="background-color: white; font-family: Roboto, 'Droid Sans', Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px; margin-bottom: 6px; padding: 0px;">
Enquanto Erick se dirigia a saída do hospital, o médico que ficara era chamado por um dos auxiliares que desesperado o procurava.</div>
<div style="background-color: white; font-family: Roboto, 'Droid Sans', Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px; margin-bottom: 6px; padding: 0px;">
—Doutor! O paciente... Na emergência, parece que não morreu.</div>
<div style="background-color: white; font-family: Roboto, 'Droid Sans', Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px; margin-bottom: 6px; padding: 0px;">
—Meu Deus! Como isso é possível?</div>
<div style="background-color: white; font-family: Roboto, 'Droid Sans', Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px; margin-bottom: 6px; padding: 0px;">
—Não sei, mas venha ver!</div>
<div style="background-color: white; font-family: Roboto, 'Droid Sans', Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px; margin-bottom: 6px; padding: 0px;">
Juntos os dois correram para a sala de emergência e lá chegando tiveram um a grande surpresa, o paciente que recentemente tivera o braço amputado e que todos achavam que não tinha sobrevivido agora se debatia na mesa de cirurgia, rosnando e grunhindo de forma estranha como se fosse um animal feroz. Em um dos cantos da sala, um dos médicos sangrava, um ferimento em seu braço fazia-o sangrar como uma corredeira, outro médico o ajudava a enfaixar o ferimento.</div>
<div style="background-color: white; font-family: Roboto, 'Droid Sans', Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px; margin-bottom: 6px; padding: 0px;">
—O que aconteceu aqui?</div>
<div style="background-color: white; font-family: Roboto, 'Droid Sans', Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px; margin-bottom: 6px; padding: 0px;">
—O paciente acordou, se debateu e nos atacou atacou, quase não conseguimos contê-lo, foi necessário usar todas as cintas da mesa de cirurgia para imobiliza-lo. — Respondeu o médico que enfaixava o braço do amigo.</div>
<div style="background-color: white; font-family: Roboto, 'Droid Sans', Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px; margin-bottom: 6px; padding: 0px;">
—Está me dizendo que o paciente ressuscitou dos mortos e atacou vocês? Mas como isso é possível? Não pode ser! Não pode!</div>
<div style="background-color: white; font-family: Roboto, 'Droid Sans', Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px; margin-bottom: 6px; padding: 0px;">
—Pessoal... Eu não me sentindo bem! — Interferiu o médico ferido.</div>
<div style="background-color: white; font-family: Roboto, 'Droid Sans', Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px; margin-bottom: 6px; padding: 0px;">
—Ele mordeu você?! Ah meu Deus! Temos que cuidar logo do seu ferimento antes que... — Mas antes que o Doutor terminasse a frase, o paciente conseguiu se libertar das amarras que o prendiam e atacou-o por trás, abocanhando violentamente seu pescoço. O médico gritava de dor, os outros correram para ajuda-lo. Juntos e com muito esforço conseguiram separar o paciente e prendê-lo novamente na mesa de cirurgia com as amarras. Do pescoço do médico atacado, sangue era jorrado nas paredes. Um clima de tensão e horror assolava os rostos de todos na sala.</div>
<div style="background-color: white; font-family: Roboto, 'Droid Sans', Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px; margin-bottom: 6px; padding: 0px;">
—Rápido, o Doutor precisa de ajuda aqui! — Gritava o médico auxiliar. Naquele mesmo momento, um novo susto. O médico que fora o primeiro a ser atacado pelo paciente que se recusara morrer levantou-se com uma expressão abestalhada no rosto e por alguns segundos encarava os outros médicos.O médico estava diferente, não parecia mais humano. Seus parceiros o olhavam assustado.</div>
<div style="background-color: white; font-family: Roboto, 'Droid Sans', Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px; margin-bottom: 6px; padding: 0px;">
—Ei! Você está bem?— Perguntou um deles. E em resposta, todos o ouviram rosnar, em seguida começou a ataca-los com os dentes. Todos entraram em pânico.</div>
<div style="background-color: white; font-family: Roboto, 'Droid Sans', Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px; margin-bottom: 6px; padding: 0px;">
O pânico não estava presente apenas naquela sala, o hospital inteiro estava em decadência. Sangue para todos os lados, corpos no chão, alguns se arrastando, outros correndo e perseguindo pessoas. Os gritos dos perseguidos ecoavam por todos os corredores, enquanto os que o perseguiam, apenas grunhiam e rosnavam como animais selvagens.</div>
<div style="background-color: white; font-family: Roboto, 'Droid Sans', Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px; margin-bottom: 6px; padding: 0px;">
Logo já não havia mais sobreviventes no hospital, todos os que foram mordidos por um dos que grunhiam, quando não era todo devorado, ficavam como eles, após morrer, mesmo sem o coração bater, seus olhos agora brancos se abriam, seu corpo se erguia de pé. Quando não havia mais pernas para sustentar o corpo, eles se arrastavam com as mãos e unhas a procura do que comer, carne humana, viva. </div>
<div style="background-color: white; font-family: Roboto, 'Droid Sans', Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px; margin-bottom: 6px; padding: 0px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; font-family: Roboto, 'Droid Sans', Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px; margin-bottom: 6px; padding: 0px;">
CONTINUA...</div>
<div>
<br /></div>
<div class="blogger-post-footer">Este artigo pertence ao Blog: (contosinsanosdesalomon.blogspot.com.br) Plágio é crime e está previsto no artigo 184 do Código Penal. Portanto pense bem antes de copiar qualquer conteúdo aqui postado sem minha expressa autorização!</div>Dominus Brhttp://www.blogger.com/profile/15517486263583138830noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-394474222566704520.post-83599954966104556482015-06-07T22:16:00.000-07:002015-06-07T22:44:33.946-07:00Clara e Clarice - Por Salomon<div dir="ltr" id="docs-internal-guid-5e9d86c8-d18b-d6f9-2cfc-346dc66136f0" style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial; font-size: 18px; vertical-align: baseline;"> </span></div>
<div dir="ltr" id="docs-internal-guid-5e9d86c8-d18b-d6f9-2cfc-346dc66136f0" style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div style="text-align: center;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj2EnQgI4aEl855mx2ePme4PKtk4NYcmCwIjEpRMHUn8DkZpfBtqvn9g3WEnYA-jNdTJcW63BnpmGawPNkkazwP3aIHpiKcbdt-UPcpcKMByv1AvEZTqXmDT0wd2LI3BKZD4t2VIQSx3xDo/s1600/IMG_20150608_024021.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="308" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj2EnQgI4aEl855mx2ePme4PKtk4NYcmCwIjEpRMHUn8DkZpfBtqvn9g3WEnYA-jNdTJcW63BnpmGawPNkkazwP3aIHpiKcbdt-UPcpcKMByv1AvEZTqXmDT0wd2LI3BKZD4t2VIQSx3xDo/s320/IMG_20150608_024021.jpg" width="320" /></a></div>
<br /><br /></div>
</div>
<div dir="ltr" id="docs-internal-guid-5e9d86c8-d18b-d6f9-2cfc-346dc66136f0" style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial; font-size: 18px; line-height: 1.2;"> </span><br />
<span style="font-family: Arial; font-size: 18px; line-height: 1.2;"><br /></span>
<span style="font-family: Arial; font-size: 18px; line-height: 1.2;"> Clarice tinha apenas seis aninhos e uma vasta coleção de bonecas.Ela gostava tanto que vivia cercada por elas, por todo o seu quarto haviam armários, estantes e prateleiras onde ficavam suas bonecas. As suas favoritas eram as de tamanho real, quase a sua própria altura mas havia uma em especial que Clarice dizia ser sua favorita e a chamava de Clara.</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial; font-size: 18px; vertical-align: baseline;"> Clara era dessas bonecas com o rosto de porcelana com grandes olhos de vidro, era a boneca mais realista da coleção de Clarice. A forma como seus olhos eram delineados, a marca vermelha em seus pequenos lábios, e ate o material usado para reproduzir suas unhas, tudo nessa boneca era absurdamente realista. </span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial; font-size: 18px; vertical-align: baseline;"> Certa vez, de súbito, acordei com um barulho que vinha do quarto de cima, era onde ficava o quarto de Clarice. Ao levantar-me da cama e subir as escadas, tinha a vaga impressão de estar ouvindo vozes vindo do quarto, mas quando abri a porta não havia ninguém alem de Clarice sentada sobre o carpete com Clara sentada sobre uma cadeirinha de balançar infantil no canto do quarto. </span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial; font-size: 18px; vertical-align: baseline;"> Ao deparar-me com aquela cena pronunciei estas palavras:</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial; font-size: 18px; vertical-align: baseline;">-Clarice isto não é hora de brinca com suas bonecas, já se passa da meia noite, volte a dormir.- Mas a resposta de Clarice me deixara aflito: </span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial; font-size: 18px; vertical-align: baseline;">-Mas pai a Clara disse que se eu não brincar com ela, ela vai me matar.- Contudo olhei para a boneca e senti medo, aquelas grandes bolas de vidro em seu rosto pareciam bem vivas fitando o vazio. Peguei a boneca e a coloquei em uma prateleira escondida das demais. Logo, Clarice se pronunciou: </span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial; font-size: 18px; vertical-align: baseline;">-Pai... Você colocou a Clara perto da Suzy! </span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial; font-size: 18px; vertical-align: baseline;">-Qual o problema filha?- Perguntei estupefato e ela respondeu:</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial; font-size: 18px; vertical-align: baseline;">- Pai, ela odeia a Suzy..- </span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial; font-size: 18px; vertical-align: baseline;"> Visto que Clarice estava começando a me assustar de verdade, engoli em seco e a ordenei que voltasse a dormir imediatamente e que amanha como castigo doaria todas as suas bonecas a um orfanato.Todavia a reação de minha filha me espantara mais uma vez. Levantando do carpete ela veio ate mim e agarrou-se às minhas pernas implorando:</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial; font-size: 18px; vertical-align: baseline;">-Não fala isso perto dela pai, ela pode ouvir, mas se você vai deixa-la perto da Suzy por favor, me deixa dormir com você e a mamãe. </span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial; font-size: 18px; vertical-align: baseline;"> Já sem paciência, cedi ao pedido de Clarice e voltei com ela a dormir no nosso quarto. Clarice dormia no meio entre sua mãe e eu. </span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial; font-size: 18px; vertical-align: baseline;"> Horas depois fomos os três Dessa vez acordados por um novo barulho que vinha do quarto de Clarice. Ambos corremos para ver o que se passava mas a porta estava trancada por dentro. Precisei usar toda minha força no ombro para arrombar a porta e quando essa finalmente cedeu, um arrepio estranho me fizera estremecer tendo eriçado todos os fios de cabelo em meu corpo. No interior jazia uma bagunça, bonecas sem suas cabeças jogadas pelo chão e uma que Clarice chamava de Suzy, sem os olhos e presa pelo pescoço nas cordas da cortina da janela do quarto enquanto Clara balançava suavemente em sua cadeira de balanço até parar totalmente, parecendo nunca ter se movido, mas aqueles grandes olhos de vidro fitando vivo a denunciava. Cercamos a dita boneca e a observamos. Clarice desabou: </span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial; font-size: 18px; vertical-align: baseline;">-Não gosto mais da Clara, ela tem muito ciúme quando brinco com as outras bonecas e não brinco com ela. </span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial; font-size: 18px; vertical-align: baseline;"> Uma hora depois estávamos a queimá-la dentro de um latão de metal no jardim aos fundos de nossa casa. Suas cinzas foram jogadas ao vento milhares de kms da fronteira da cidade. Minha filha nunca mais brincou de bonecas. </span><br />
<span style="font-family: Arial; font-size: 18px; vertical-align: baseline;"><br /></span>
<span style="font-family: Arial; font-size: 18px; vertical-align: baseline;"> </span><br />
<div style="text-align: center;">
<span style="color: white;">O REI DOMINUS ESTA CHEGANDO!</span></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
Fim</div>
<br /></div>
<div class="blogger-post-footer">Este artigo pertence ao Blog: (contosinsanosdesalomon.blogspot.com.br) Plágio é crime e está previsto no artigo 184 do Código Penal. Portanto pense bem antes de copiar qualquer conteúdo aqui postado sem minha expressa autorização!</div>Dominus Brhttp://www.blogger.com/profile/15517486263583138830noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-394474222566704520.post-54338990902056861042015-05-19T22:40:00.003-07:002023-03-16T20:24:47.722-07:00Um conto mediocre de terror - Por Salomon<h2 style="text-align: center;">
<b> Era uma noite qualquer</b>. <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj8pg2JMgfxtoGI9-yUTper4-uUNqHJG6ke7Rl45it_cWu2vta-12kJ9kF8QtQUdCFGB-Jc3MZml-QE8bcmHsWfJl6qMhrOPv6xrxATyXmRgBkli7qYHwXu3hfRTAZ48bkNZA6hAAzsMLP2/s1600/Estrelas-Noite-de-Lua-Cheia_540.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="411" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj8pg2JMgfxtoGI9-yUTper4-uUNqHJG6ke7Rl45it_cWu2vta-12kJ9kF8QtQUdCFGB-Jc3MZml-QE8bcmHsWfJl6qMhrOPv6xrxATyXmRgBkli7qYHwXu3hfRTAZ48bkNZA6hAAzsMLP2/s640/Estrelas-Noite-de-Lua-Cheia_540.jpg" width="640" /></a></div>
</h2>
<br />
<br />
O Sr. Johnson era viúvo e lia seu jornal tranqüilamente enquanto sua filha de dez anos desenhava algo sobre à mesa poucos metros dali. Sua filha nascera prematuramente causando morte da mãe no parto.<br />
Apos concluir seu desenho ela o quis mostrar a seu pai que estava mais concentrado na leitura. Todavia, o Sr. Johnson já atualizado das noticias que lia em seu jornal, viu o desenho no papel. Depois de dar a folha com o desenho nas mãos do pai ela voltou a mesa e se pôs a desenhar em outra folha. Era estranho mas na folha que Johnson tinha nas mãos, sua filha havia desenhado o que parecia ser ele lendo o jornal enquanto ela brincava próximo a um grande vulto escuro e indefinido próximo dela sentado do outro lado da mesa.<br />
Intrigado com o desenho curioso de sua filha, ele a questiona sobre o que significa aquilo. Como o esperado ela respondeu dizendo que era ele lendo o jornal e ela brincando de desenhar com sua mãe.<br />
<br />
Estarrecido o pai ainda pergunta:<br />
-Filha, sabe que sua mãe morreu não sabe?- E ela responde balançando a cabeça para cima e depois para baixo. Logo ele continua.<br />
-Você lembra quando ela ainda vivia?<br />
E ela responde negativamente balançando a cabela para os lados.<br />
-Você a vê por aqui?<br />
Novamente ela responde balançando a cabeça para cima e depois para baixo sem cessar os rabiscos que fazia sobre a folha branco.<br />
-Ela esta ai na mesa com você?<br />
E novamente balançou a cabeça para os lados.<br />
-Então onde você a esta vendo?<br />
-Agora ela esta atrás de você papai.<br />
<br />
O Sr. Johnson sentiu todos os pelos do corpo arrepiarem. Seu coração não suportara tamanhas emoções.<br />
<br />
No novo desenho feito por sua filha, agora ilustrava o vulto atrás do sofá segurando uma enorme foice.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<span style="background-color: white; font-size: large;"><br /></span>
<span style="background-color: white; font-size: large;"><br /></span>
<span style="color: white;"><span style="background-color: white; font-size: large;"><br /></span>
<span style="background-color: white; font-size: large;"><br /></span>
<span style="background-color: white; font-size: large;"> </span><span style="background-color: white; font-size: large;">Dedicado à: </span></span><br />
<span style="color: white;"><span style="background-color: white; font-size: large;"><br /></span>
<span style="background-color: white; font-size: large;">Paulo meu chefe, Aquiles (totó), Diezio que agora ta de ferias no Ceará, Douglas um excelente amigo, Raimundo a quem gosto de chamar de Ramones, Falcão que deve ser o único a gostar do que estou escrevendo aqui, à Barbara aquela linda, a Cris nova amizade e revelação dessa nova carreira, à Débora por que gosto demais dela, Melissa que agora é do nosso time de mestres, à Manu Mulatim por que adoro encher o saco dela e por ultimo e não menos importante dessa equipe e industria vital, à Flavia e nosso amiguinho Otto. </span></span><br />
<span style="color: white;"><span style="background-color: white; font-size: large;"><br /></span>
<span style="background-color: white; font-size: large;">Amo todos vocês.</span></span><br />
<br />
<br />
<br />
<div>
<br /></div>
<div class="blogger-post-footer">Este artigo pertence ao Blog: (contosinsanosdesalomon.blogspot.com.br) Plágio é crime e está previsto no artigo 184 do Código Penal. Portanto pense bem antes de copiar qualquer conteúdo aqui postado sem minha expressa autorização!</div>Dominus Brhttp://www.blogger.com/profile/15517486263583138830noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-394474222566704520.post-3286063290131518392014-01-26T17:33:00.003-08:002022-07-04T10:36:29.061-07:00Jack e Eu - Por Salomon<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
Quando tinha meus doze ou treze
anos de idade, a caminho da escola, encontrei na rua um filhote abandonado.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Ele estava tremendo de frio e seu
pelo estava molhado com a chuva que caiu naquela manhã, parecia faminto.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Ao me ver, ele balançou o rabo e
latiu para mim.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Fiquei encantado com aquela linda
criatura, logo, não pude deixa-lo sozinho na rua com fome e com frio...<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Levei-o para casa.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Na cozinha arrumei um prato e
coloquei meu cereal com leite para o filhote, ele estava tão faminto que acabou
com tudo em poucos minutos.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Enquanto ele lambia o prato, minha
mãe chegou e ao se deparar com o filhote, gritou:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
—Que droga é essa?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
—Eu o achei na rua!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
—Tire já esse animal da minha cozinha e leve-o de volta onde
você achou.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
—Mas mãe, ele não tem para onde ir!!!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
—FAÇA O QUE EU DISSE MOLEQUE!!!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Isso aconteceu há exatos dez anos e
ainda me lembro daquelas palavras frias e cruéis que minha mãe dirigiu a mim.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Não preciso dizer o quanto aquelas
palavas me fizeram ferver o sangue.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Aquelas foram suas ultimas palavras.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Hoje o filhote cresceu e se chama
Jack.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Jack nunca se separou de mim.<o:p></o:p></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
Semana passada, Jack encontrou e
desenterrou os ossos da minha mãe no quintal.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="blogger-post-footer">Este artigo pertence ao Blog: (contosinsanosdesalomon.blogspot.com.br) Plágio é crime e está previsto no artigo 184 do Código Penal. Portanto pense bem antes de copiar qualquer conteúdo aqui postado sem minha expressa autorização!</div>Dominus Brhttp://www.blogger.com/profile/15517486263583138830noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-394474222566704520.post-50289365288751442932014-01-11T13:20:00.002-08:002014-01-11T13:20:23.606-08:00Em Uma Noite Qualquer - Por Salomon<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjpqjqem3thQHFMn1i_hd_4wXBKv0aJZ5VASAyoHr7mmvZprQXjB4NdSMdsszmLvEp8fzgGVR4_-I4i6P4GKLfaJRsCNX_d4kH0mXQ1IDSjAmqT9XR32W-X1Q7CN2PtPOeb0S5AOihw8SS6/s1600/casa-abandonada-33.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjpqjqem3thQHFMn1i_hd_4wXBKv0aJZ5VASAyoHr7mmvZprQXjB4NdSMdsszmLvEp8fzgGVR4_-I4i6P4GKLfaJRsCNX_d4kH0mXQ1IDSjAmqT9XR32W-X1Q7CN2PtPOeb0S5AOihw8SS6/s1600/casa-abandonada-33.jpg" height="480" width="640" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<h2>
<b>Em Uma Noite Qualquer...</b></h2>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
—Acha que é seguro ficarmos aqui?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
—Fica fria gata, a casa é
abandonada então não tem do que ter medo.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
—Mas e se houver alguém escondido
ou um animal morando aqui?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
—Escondido? À noite? Numa casa
abandonada no meio da floresta? Ha ha
ha!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
—Não tem graça Rafael! Que droga!
Como você me convenceu a vir aqui?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
— Não era você Lenny que queria
ver pessoalmente a casa abandonada que eu disse que havia encontrado?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
—Era, mas... Agora que já a vimos, vamos embora...<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
—Espera Lenny, eu acho que a
porta está aberta!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
—E o que tem isso?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
—Ué? Não quer entrar?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
—Você está louco Rafael, nunca eu
iria entrar ai!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
—Ótimo então eu entro sozinho!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
—Não Rafael, por favor, não entre
ai!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
—Que droga! A porta está
trancada, mas... Se... Eu forçar só um pouquinho...<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
—Rafael, por favor, não!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
—Só... Um... Pouquinho... Mais...
(Treck!) Olha! Está aberta!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
—Rafael não entra ai, por favor,
você não sabe o que tem lá dentro...<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
—Por isso mesmo eu devo entrar,
imagine Lenny, quantas coisas legais devem ter aqui.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
—Rafael pense comigo, deve haver
uma boa razão para os donos terem abandonado a casa.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
—Nossa!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
—O que foi Rafa?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
— A casa está mobiliada!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
—Viu só! Deve ter alguém morando
nela ainda!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
—Não Lenny, os móveis estão todos
empoeirados. Parece que ninguém mora aqui há anos! Vem ver!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
–Que droga Rafa, Vamos embora
daqui... Rafa? Rafa cadê você?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
—AAAAaaaahh... RAFA! NÃO ACREDITO
QUE VOCÊ ENTROU!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
—Rafa, se você estiver escondido
esperando que eu entre para você me dar um susto, fique sabendo que eu não vou
entrar! Ouviu?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
—RAFAAA!!!... SAI LOGO DAI...<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
—RAFAEL GOMES DE SOUSA, SE VOCÊ
NÃO SAIR DAÍ AGORA EU JURO QUE ENTRO NO CARRO SOZINHA E DIRIJO PARA CASA MESMO
SEM VOCÊ...<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<o:p></o:p><br />
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
(MINUTOS DEPOIS)<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
—RAFAEL ! PELO AMOR DE DEUS...
CADÊ A DROGA DAS CHAVES DO CARRO?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
—RAFAEL! EU NÃO ESTO BRINCANDO!
JÁ ESTÁ TARDE E EU QUERO VOLTAR PARA CASA.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
—Rafael? Eu estou com medo, por
favor, não me deixe sozinha aqui...<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
—RAFA, EU JURO QUE SE EU ENTRAR
Aí, EU VOU TE MATAR!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
—Rafael? Eu vou entrar, mas se
isso for uma brincadeira sua eu...<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
—Rafael...?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
—SURPRESAAAAAAAAAA!!! FELIZ
ANIVERSÁRIO LENNY!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
—Parabén Lenny<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
—Feliz Aniversário Lenny<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
—Feliz aniversário gata! Espero
que tenha gostado da surpresa. Opa... calma Lenny?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
—O que aconteceu?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
—Eu não sei pai, ela desmaiou me
ajuda que ela está pesada.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
—Meu Deus!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
—O que foi pai?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
—Ahh não!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
—ALGUÉM CHAME UMA AMBULÂNCIA!
RAPIDO!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
—Gente oque aconteceu aqui?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
—Ela teve um ataque cardíaco,
está morta!<o:p></o:p></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">
</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="blogger-post-footer">Este artigo pertence ao Blog: (contosinsanosdesalomon.blogspot.com.br) Plágio é crime e está previsto no artigo 184 do Código Penal. Portanto pense bem antes de copiar qualquer conteúdo aqui postado sem minha expressa autorização!</div>Dominus Brhttp://www.blogger.com/profile/15517486263583138830noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-394474222566704520.post-78147143705457926652013-10-10T15:05:00.000-07:002013-10-10T15:05:30.545-07:00Cansado<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">
Original : <a href="https://www.facebook.com/dominus.S.lee" target="_blank">Dominus Salomon</a></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">
Revisto e editado por : <a href="https://www.facebook.com/victorio.anthony" target="_blank">Victório Anthony</a></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">
A porta se abriu abruptamente e todos os olhares dos clientes se voltaram para o homem que acabara de entrar no bar. John caminhou lenta e melancolicamente até o balcão e pediu ao barman uma dose de cerveja, pondo-se rapidamente a beber. Armando, velho amigo de John que já estava bebendo no bar há algum tempo, nota o amigo com o olhar triste e desanimado, parecia deprimido.</div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">
— Minha nossa John! Que cara é essa? — pergunta Armando.</div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">
— Não é nada...</div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">
— Mas, John, você está com uma cara horrível! E olha que eu o conheço há anos! Fale comigo, o que aconteceu?!</div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">
— Eu apenas estou cansado, só isso...</div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">
— Hun, cansado é? Vamos John, pode falar comigo, sou seu amigo dos bons tempos, lembra? Algo o incomoda? Jogue para fora, desabafe!</div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">
— Está certo! Você quer mesmo saber qual é o problema?</div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">
— Quero! Diga logo, a curiosidade já está me matando!</div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">
— O problema é a minha mulher.</div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">
— Sua mulher?! Aquela mulher perfeita?!</div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">
— Sim... Ela vive reclamando de tudo sempre, tudo o que ela faz é reclamar e reclamar. Não importa a hora, não importa o lugar, ela está sempre reclamando! Eu não aguento mais isso! — e tomou um copo inteiro da cerveja num só gole, sentindo o álcool descer rasgando pela garganta. — Eu acordo cedo, vou trabalhar dez horas por dia, cinco dias por semana e sempre quando chego do trabalho cansado, exausto e quase morto, ainda sou obrigado a ouvir a minha mulher reclamando em casa. Cara, você não faz ideia do quanto isso é ruim! Eu acordo com a mulher reclamando e vou dormir com ela ainda reclamando! Gente! Ela é incansável!</div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">
Armando começa a rir discretamente do amigo e os dois são interrompidos pelo barman que ouvia atentamente a conversa:</div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">
— Mas, afinal, do que ela reclama tanto?</div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">
— Reclama que está cansada... </div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgY4pg1JKzEbXjDeRqbHZaC7pwyeuOwWRYz46yokwF9nZWUU3cG7GYeJU7PHZfksYoeo1gWfwxKaH3OrRjzZY2bWfiXmwzghAZNZey9is9WlH_oqYxrWoH4fHS1KConeFKap6Q2w1GjtMvI/s1600/images.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgY4pg1JKzEbXjDeRqbHZaC7pwyeuOwWRYz46yokwF9nZWUU3cG7GYeJU7PHZfksYoeo1gWfwxKaH3OrRjzZY2bWfiXmwzghAZNZey9is9WlH_oqYxrWoH4fHS1KConeFKap6Q2w1GjtMvI/s200/images.jpg" width="162" /></a></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">
<br /></div>
<div class="blogger-post-footer">Este artigo pertence ao Blog: (contosinsanosdesalomon.blogspot.com.br) Plágio é crime e está previsto no artigo 184 do Código Penal. Portanto pense bem antes de copiar qualquer conteúdo aqui postado sem minha expressa autorização!</div>Dominus Brhttp://www.blogger.com/profile/15517486263583138830noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-394474222566704520.post-59011146911203776032013-09-28T19:10:00.001-07:002013-09-28T19:10:35.354-07:00Desabafo - Por Salomon<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
Em minha vida, tive muitas oportunidades.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
As primeiras eu confesso, não soube aproveitar.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
As seguintes me esforcei mais. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
Também falhei.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
Nas posteriores aprendi a desistir.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
Desistir virou rotina.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
E hoje já nem tento mais.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhms7O_gvWzWXQJh5SDoAYjdstJqqPC9xsHKidN2G8UvmOXIXilqmH4UQ_-G1M7mx8X4rZZIw2Bzu46ueSwpritmr0Zv1HnWFTG0M_3ktYmO9KUmYhssg3oAAewDeDO1cPGYkjYG4DhKTiE/s1600/depressao_crianca1_5811112011468.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="186" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhms7O_gvWzWXQJh5SDoAYjdstJqqPC9xsHKidN2G8UvmOXIXilqmH4UQ_-G1M7mx8X4rZZIw2Bzu46ueSwpritmr0Zv1HnWFTG0M_3ktYmO9KUmYhssg3oAAewDeDO1cPGYkjYG4DhKTiE/s320/depressao_crianca1_5811112011468.jpg" width="320" /></a></div>
<o:p></o:p><div class="blogger-post-footer">Este artigo pertence ao Blog: (contosinsanosdesalomon.blogspot.com.br) Plágio é crime e está previsto no artigo 184 do Código Penal. Portanto pense bem antes de copiar qualquer conteúdo aqui postado sem minha expressa autorização!</div>Dominus Brhttp://www.blogger.com/profile/15517486263583138830noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-394474222566704520.post-16507469326874923272013-09-21T15:33:00.004-07:002013-10-04T20:39:20.011-07:00A Pequena Bruxinha - Revisado Por Victório Anthony<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b>A PEQUENA BRUXINHA<o:p></o:p></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHXrbOoTXzMCz1-yEXrjVhMDgGxub0ifIMRNFe_MhKImkV5ibh-LML-3fGz5GAH9mT7lGOFSfVnOEsNCt3hFPAOWMrnfSezvVTrgzE_2hFj-hd-IM5AUuoQ2W32OVJ0bZcSI7BDj3qrtgw/s1600/PEQUENA+BRUXINHA.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="476" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHXrbOoTXzMCz1-yEXrjVhMDgGxub0ifIMRNFe_MhKImkV5ibh-LML-3fGz5GAH9mT7lGOFSfVnOEsNCt3hFPAOWMrnfSezvVTrgzE_2hFj-hd-IM5AUuoQ2W32OVJ0bZcSI7BDj3qrtgw/s640/PEQUENA+BRUXINHA.jpg" width="640" /></a></div>
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<o:p> </o:p><span style="text-align: right;">Escrito por: Dominus
Salomon Lee</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="text-align: right;"> Revisto e editado por:
Victório Anthony</span></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
A porta
abriu-se bruscamente. A mãe, que lia concentrada um livro no sofá, assustou-se.
Sua filha adentrou a casa correndo, fechando a porta atrás de si e largando a
mochila em um canto da sala. Chorando apressou-se direto para os braços da mãe:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br />
— O que foi filha? O que
aconteceu?! — perguntou a mãe envolvendo a filha em um abraço consolador.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
A pequena
ainda com o rosto afundado no peito da mãe, respondeu:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
— Mãe,
lembra-se do feitiço de explodir as coisas que você me ensinou?!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br />
A mãe fez uma pequena pausa
lembrando-se do truque que tentara ensinar a filha há alguns dias. A aula era
sobre explodir objetos com um simples estalar de dedos. Sua filha, porém, não
era boa aluna.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br />
— Sim, eu me lembro... Tudo o
que você deveria fazer era se concentrar naquilo que queria explodir e estalar
os dedos. Muito simples.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br />
<!--[if !supportLineBreakNewLine]--><br />
<!--[endif]--><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
— Não tão
simples assim!— disse a filha levantando o rosto para olhar nos olhos da mãe.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Seus olhos
agora expressavam indignação e raiva, deixando sua mãe perplexa. Logo a pequena
prosseguiu:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
— Hoje, no
ônibus escolar, depois das aulas, uma menina estava ouvindo música no celular
sentada bem do meu lado. Aquela maldita... Além da musica estar irritantemente
muito alta, era horrível! Ela tinha um péssimo gosto! Havia também varias
outras meninas ouvindo música alta no celular. Era insuportável... Eu ia
enlouquecer!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
— Acho que
agora entendi, você explodiu o celular dela sem querer com o feitiço que lhe
ensinei, foi isso?! — indagou a mãe pondo a filha sentada sobre o colo.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
A garota
novamente afundou o rosto no peito da mãe tentando conter as lágrimas que lhe
molhavam o rosto. E respondeu, soluçando:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
— Era essa
minha intenção...<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
— Afinal filha,
o que foi que aconteceu?!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br />
— Quando estalei os dedos
tentando me concentrar no celular barulhento dela, as meninas... Eu não queria
mãe, eu juro que não queria... — aflita, a mãe ficou em silêncio, esperando o
que ela queria dizer.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Após longos
segundo, a menina confessou:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
— Não foi o
celular que explodiu... Foram as cabeças...<br />
<o:p></o:p><br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">Não deixem de visitar os blogs de Victório:</span> </span><a href="http://sitiodonalo.blogspot.com.br/" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;" target="_blank">Sítio Dona Lô</a><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"> // </span><a href="http://victorioanthony.blogspot.com.br/" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;" target="_blank">Bar Toca dos Gatos</a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="blogger-post-footer">Este artigo pertence ao Blog: (contosinsanosdesalomon.blogspot.com.br) Plágio é crime e está previsto no artigo 184 do Código Penal. Portanto pense bem antes de copiar qualquer conteúdo aqui postado sem minha expressa autorização!</div>Dominus Brhttp://www.blogger.com/profile/15517486263583138830noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-394474222566704520.post-54425210084931902922013-09-15T20:10:00.003-07:002023-03-16T20:26:00.342-07:00Não Olhe Para O Lado - Por Salomon<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Havia um velho senhor...<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Por
horas ele permaneceu ali, parado e sentado com um livro ente às mãos e a
expressão dos seus olhos fixada sobre as paginas. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Eu
estava sentado do seu lado e pude ver bem como ele era. Tinha cabelos brancos,
a pele pálida e enrugada, olhos serenos que como já disse, estavam fixos nas
paginas do livro. Seu olhar era profundo, concentrado e reflexivo como a de um
filosofo ou pensador superdotado. Deveria ser daqueles leitores que se desligam
totalmente do mundo ao redor para entrar de cabeça no livro. <o:p></o:p></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal">
Foi
isso que pensei antes de me aproximar mais, mas logo depois, percebi que o
velho não respirava e seu coração não batia. Na verdade o senhor estava morto. <o:p></o:p><br />
<br />
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-KegK6UbVWaU/UHrdJfVM9VI/AAAAAAAAAek/GzYfrfOHm-o/s1600/simbolo-gotico-pentagramafefefef.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://4.bp.blogspot.com/-KegK6UbVWaU/UHrdJfVM9VI/AAAAAAAAAek/GzYfrfOHm-o/s320/simbolo-gotico-pentagramafefefef.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<br />
<br />
<span style="color: white;">666</span></div>
<div class="blogger-post-footer">Este artigo pertence ao Blog: (contosinsanosdesalomon.blogspot.com.br) Plágio é crime e está previsto no artigo 184 do Código Penal. Portanto pense bem antes de copiar qualquer conteúdo aqui postado sem minha expressa autorização!</div>Dominus Brhttp://www.blogger.com/profile/15517486263583138830noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-394474222566704520.post-75580028648978207302013-09-08T15:51:00.003-07:002013-10-04T18:16:58.340-07:00 O crime de Mond – Por Salomon<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"> </span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif; line-height: 18px;"> LEIA-O TAMBÉM: >></span><span style="color: black; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif; line-height: 18px;"><a href="https://docs.google.com/document/d/15EhrHga_Xfo2dH8RdHfYN8HSAY8ivDxz4vdgbOlnfsk/edit?pli=1" target="_blank">AQUI</a><<</span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; line-height: 115%;"><br /></span>
</div>
<h3 style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"> <span style="text-align: justify;"><span style="line-height: 18px;"> <span style="font-weight: normal;"> O crime de Mond – Por Salomon</span></span></span></span></h3>
<h3 style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><span style="font-weight: normal; line-height: 18px;"> (meu primeiro Conto policial)</span></span></h3>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; line-height: 115%;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; line-height: 115%;"> Subindo as escadas apressadamente, acompanhado de outro
policial qualquer, Victor chegou á porta do quarto da vitima. Esta se
encontrava ligeiramente aberta de forma que permitiu aos dois homens adentrarem
e se dirigirem por entre os outros homens que ali estavam até o banheiro da
acomodação, que era o local do crime.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; line-height: 115%;"> -O que aconteceu aqui?- Perguntou Victor se
dirigindo a mim adentrando ainda mais o banheiro amplamente espaçoso. Logo, já
estava varrendo todo o local ao redor com seus olhos de águia que tudo captava
e nada deixava despercebido. Seus olhos sempre eram sublimes ofuscados atrás
das lentes negras de seus óculos raibam. Notei que como sempre, ainda usava seu
inseparável casaco sobre tudo negro por sobre seus ombros largos, caindo até
quase em seus joelhos escondendo a arma ponto-40 no coldre que eu tinha certeza
que ele levava consigo onde quer que fosse. Seu cabelo negro tinha um ou dois
fiozinhos grisalhos, que por descuido vaidoso meu amigo não conseguira ver para
cortar e disfarçar a velhice. Seria seus fios de cabelo branco sinal de que meu
amigo estava envelhecendo e seus olhos de águia perdendo a capacidade de tudo
ver? Por um breve momento receei por isso.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; line-height: 115%;"> Ao entrar no banheiro, Victor deparou-se
com o que parecia ser uma cena de crime muito comum em nossa profissão. O
banheiro estava úmido, eram ainda poucas horas da madrugada e um corpo estava
sendo retirado de dentro da banheira que transbordava água. O corpo era de uma
linda e jovem moça de pele morena e longos fios de cabelo negro. Tinha a pele
límpida, seu corpo era esbelto e provocador. A jovem estava totalmente despida,
sinal que morrera durante o banho na banheira cheia d´água. De inicio, alguém
citou morte por afogamento, mas havia uma espessa espuma branca saindo por suas
narinas e boca, o que não era muito comum em casos de afogamento.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; line-height: 115%;"> Somente quando os homens do IML sairam
levando o lindo cadáver da jovem moça, voltei-me a mim mesmo para responder ao
meu amigo recém-chegado:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; line-height: 115%;"> -Olá Victor! Chegou antes que eu pudesse
analisar melhor a situação, então creio que não conseguirei dizer muito a
respeito desse caso, mas o que eu sei, posso agora mesmo lhe passar. – Aqui fiz
uma pequena pausa para olhar em meu bloco de notas- Aqui está! O nome da vitima
é Mila. Tem vinte e sete anos e trabalhava em uma loja como atendente e caixa.
Tinha um namorado, mas morava sozinha com seu gato preto de estimação. Ao
que parece ela morrera entre as dez horas da noite de ontem e uma da madrugada.
–<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; line-height: 115%;"> -Possível causa da morte?- perguntou Victor
fazendo-me parar de repente. Aproximando-se mais da banheira de onde o corpo
fora retirada.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; line-height: 115%;"> -A única hipótese viável até agora é morte
por afogamento, mas precisamos do resultado da autopsia com o Dr. Lee para
confirmar isso-.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; line-height: 115%;"> -Não foi morte por afogamento- Disse ele-
Foi morte por eletrocussão. Você notou que a vitima tinha uma estranha espuma
fugindo por sua boca e narinas. Já vi muito disso em casos de suicídio. Estou
vendo o objeto que provocou a morte da jovem. – E disse isso apontando para um
fio cuja uma das pontas estava diretamente ligada á uma tomada elétrica
localizada entre o chuveiro e a banheira, enquanto a outra ponta se perdia
submersa dentro da banheira.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; line-height: 115%;"> Victor depois de ter retirado seu relógio
de pulso e o guardado em seu bolso, dobrava as mangas de seu casaco. Logo
percebi sua intenção, ele ia afundar o braço na banheira a fim de retirar o
aparelho cuja uma das pontas do fio estava ligada á tomada e a outra submersa
na água.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; line-height: 115%;"> -VICTOR NÃO!-Gritei- A ÁGUA AINDA DEVE
ESTAR ELETROCUTADA!-.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; line-height: 115%;"> Mas Victor como uma criança teimosa, e
ignorando meu alerta continuou a enfiar seu braço dentro da banheira,
afundando-o na água. Eu o olhava esperando vê-lo tomar um enorme choque
elétrico, mas isso não aconteceu e Victor tirou seu braço da água segurando um
aparelho elétrico muito comum de se barbear.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; line-height: 115%;"> -Eis aqui a arma do crime!- Disse ele após
tirar o objeto da tomada e entregando-me em mãos pediu para que levasse ao
laboratório do Dr. Lee. Victor deu outra rápida olhada ao redor do banheiro à
procura de mais pistas que pudessem revelar o que acontecera ali nas horas
anteriores. Notei que ele dava maior atenção a uma das paredes então me pus a
observa-la também.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; line-height: 115%;"> Não havia ninguém mais além de nós dois
ali, os outros policiais e alguns homens do corpo de bombeiros esperavam no
corredor do prédio. A parede que observávamos atentamente, para mim não queria
dizer muito, mas Victor a encarada como se ela fosse o próprio autor do crime.
Havia nessa parede uma pia metálica bem conservada e limpa, e ao seu lado uma
base que servia como suporte para objetos que a morta usava para cuidar de sua
vaidade como creme para cabelo, sabonetes, escova de dente etc. Logo acima
dessa base de suporte desses objetos, havia uma janelinha com aproximadamente
meio metro de diâmetro quadrado. Pequena e alta demais para alguém passar por
ela. Não havia nenhuma outra janela no cômodo inteiro além dessa.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; line-height: 115%;">Entretanto. Victor saiu do banheiro, entrando na alcova da
vitima. Lá havia uma cama que se encontrava quase que totalmente revirada. Os
lençóis e a colcha estavam caídos no chão enquanto os dois travesseiros e o
colchão estavam desajustados fora do lugar. Meu misterioso amigo como sempre se
mantinha em um silêncio perturbador que logo tratei de quebrar expondo minha
visão dos fatos:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; line-height: 115%;">-Acho realmente que foi suicídio!-<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; line-height: 115%;">-Muito cedo para conclusões precipitadas! – disse ele mexendo
em um dos travesseiros. E Removendo-o do local sobre a cama, encontrou uma nova
pista, um pequeno aparelho celular.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; line-height: 115%;">-Veja bem Victor a vitima morava sozinha, e isso indica
isolação, o que nos leva a crer que ela tinha problemas para se relacionar com
a sociedade, ou seja: Depressão. Fim de caso Victor, a vitima se matou! Ganhei
essa, há ha!- Mas Victor se mantinha frio e cauteloso mexendo no aparelho
celular e avaliando suas expressões faciais notei que algo o intrigava muito.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; line-height: 115%;">-Sejamos mais racionais meu amigo, muitas pessoas vivem
isoladas, mas nem por isso são depressivas, além disso, você está deixando
muitos fatores escaparem. – Aqui ele disse olhou para mim com seus olhos por
cima das lentes negras de seus óculos e complementou - depois de todos esses
anos ao meu lado não conseguiu aprender nada? – Mas antes que eu pudesse
responder, fui subitamente impedido pela chegada de um dos homens da polícia
que anunciava:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; line-height: 115%;"> -Senhores! Encontramos uma testemunha que
disse ter visto alguém sair do quarto pouco antes da meia noite, creio que
talvez seja de total interesse de vocês verem isso melhor-. Victor Voltou seu
olhar para o policial e disse:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; line-height: 115%;"> -Mande a testemunha dormir e descansar um
pouco, pois amanhã vamos interroga-la. Agora nós temos uma suspeita que devemos
imediatamente investigar. - e voltando para mim, falou- Vamos! Precisamos
chegar o mais rápido possível na casa do superintendente Kou. Por um
instante, sem nada entender, fitei-o de volta e perguntei:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; line-height: 115%;"> -Mas Victor! O que vamos fazer a essa hora
da madrugada na casa de nosso superior?- E Victor tirando os óculos escuros e
guardando-o no bolso do casaco respondeu-me olhando seriamente nos olhos:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; line-height: 115%;"> -O namorado da vitima deixou este celular
aqui na cena do crime, e ele pertence ao filho de nosso chefe Júlio. Agora mais
alguma pergunta?-<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; line-height: 115%;"> Novamente o silêncio predominou no aposento
e vi-me diante de mais um caso que exigia maior atenção e cuidado. O dia ainda
mal começara e tão cedo de madrugada, tanto a minha quanto a capacidade
intelectual de Victor eram colocados á prova a fim de chegar ao fim daquele
caso. Eu como sempre estava perdido em meio as minhas próprias conclusões e
poucas informações fornecidas pelas pistas até então encontradas na cena do
crime, enquanto meu amigo e parceiro de investigação, Victor se mantinha frio e
calculista, sempre pensativo e refletindo acima de meu nível.
<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; line-height: 115%;"> Chegamos rápido no carro de Victor á casa
do nosso superior e superintendente. Lá contamos ao lorde o que ocorrera até
então e ele muito decepcionado não queria acreditar que seu filho estava
envolvido com a morte da jovem moça, alegando que jamais esperaria tal
desconfortável noticia sobre seu filho. Também não teve opção á não ser
permitir-nos levar o jovem garoto para a delegacia onde o interrogaríamos a
respeito do crime que culminara na morte de sua namorada.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; line-height: 115%;"> Já eram aproximadamente oito horas da manhã
quando chegamos à delegacia, levando conosco o jovem rapaz de cabelo curto bem
aparado e cavanhaque no queixo. Também era robusto e tinhas as feições faciais
rígidas como as de seu pai. Vestia uma simples bermuda ou um short muito
simples e comum entre os jovens daquela idade junto com uma camiseta regata que
destacava bem seus braços fortes, resultado de muito suprimento alimentar e
anos e anos de academia. Tinha o olhar apreensivo e, contudo mostrava-se
aparentemente chocado, isso depois de citarmos a morte de sua namorada. De
certa forma eu não sabia mais em que acreditar, pois se o jovem ali era culpado
ou não da morte da jovem, então ele deveria ser um ótimo ator, pois até algumas
tímidas lagrimas derramara após saber de sua morte. Mas mesmo assim, ele era um
suspeito, pois como a pessoa mais próxima da vitima, tinha fortes indícios como
autor da morte da jovem, e a pista que nos levara a essa conclusão era seu
celular encontrado na cama da vitima. Levamo-nos direto para a sala onde
fazemos o interrogatório, onde permaneceu quieto e calado até a entrada de seu
pai acompanhado de Victor, enquanto eu os observava através do espelho dupla
face e os ouvia pelo interfone estrategicamente posicionado na cadeira onde o
suspeito estava.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; line-height: 115%;"> A todo o momento, Júlio o nosso suspeito
dizia que era inocente e complementava dizendo que estava abalado com a morte
de sua namorada. Seu pai demonstrava-se muito abatido e assustado com tudo
isso. Jamais antes pensara que seu prezado filho pudesse algum dia ser suspeito
de um crime. O superintendente estava muito preocupado, pois era notável
que assim como eu naquele momento, não sabia mais em que acreditar, se seu
filho era ou não responsável pela morte da jovem e bela moça.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; line-height: 115%;"> Victor, implacável e frio como sempre o
questionava fazendo perguntas como: Havia motivos que o levariam a cometer
assassinato? Como namorados vocês discutiam muito? Onde estava na noite
anterior? Você pode me explicar como o seu celular foi parar na casa dela?...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; line-height: 115%;"> Mas Júlio chorando negava a todo o momento
ser o autor do crime, e também se defendia dizendo que frequentemente a
visitava como todo bom namorado faz, alegando logo em seguida que só continuaria
respondendo na presença de seu advogado. Entretanto, o superintendente muito
cabisbaixo e com o olhar triste sobre o filho, deixou a sala de interrogatório
sem nada dizer. Fora da sala foi direto ao meu encontro e com mutua tristeza no
olhar disse-me:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; line-height: 115%;"> -Eu não sei em que acreditar. Esse moleque
nunca me deu trabalho antes, e agora ele me vem com essa na intenção de me
matar do coração- e colocando a mão no peito continuou- oh deus onde foi que eu
errei?-<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; line-height: 115%;"> -Senhor! Ainda não sabemos ao certo se foi
ou não morte criminal, pois há também a hipótese de suicídio ou até mesmo morte
acidental. – Disse-lhe pondo a mão no ombro em uma tentativa inútil de
conforta-lo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; line-height: 115%;"> Logo se se juntou a nós um policial
acompanhado de uma velhinha decrépita que aparentava não ter mais que setenta
anos, vestindo um pesado vestido de lã e um casaco de linho para proteger-se do
frio da manhã gelada, além de um cachecol envolto do pescoço.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; line-height: 115%;"> -Aqui está a testemunha que disse antes-
Anunciou o policial que a acompanhava e dando meia volta partindo de volta para
seu posto como patrulheiro. Enquanto Victor do lado de dentro da sala de
interrogatórios entrevistava o suspeito, eu do lado de fora, entrevistava a
testemunha do crime:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; line-height: 115%;"> -Conte-nos minha senhora, tudo o que sabe e
que não sabemos a respeito da noite anterior- E a velha dispôs-se á narrar:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; line-height: 115%;"> -Sim claro! Vou então começar a partir do
momento em que eu tentava dormir em minha aquecida e confortável cama de
mosqueteiro, mas eu não conseguia pregar os olhos, nem mesmo depois de ter
tomado minhas pílulas do sono. De fato eu não conseguia dormir e isso devido
aos barulhos incessantes no quarto vizinho ao meu que pertence a jovem moça que
recém partira dessa para melhor. Pois bem. Havia barulho, muito barulho entre
pancadas e gritos de dor, uma barulheira infernal que não me deixava ter o
merecido descanso do sono. Nunca antes houve tanto barulho vindo do quarto
daquela jovem que eu julgava ser tão “quietinha”. Então, logo eu desisti de
dormir e fui assistir tevê. Já se passava das dez e meia quando notei que o
barulho havia cessado, e eu curiosa resolvi ver o que se sucedia ali. Foi então
que abri a porta do meu cômodo e vi pela pequena fresta vi o jovem moço que ali
está – Apontou para Júlio através do espelho duplo face -Sair pela porta da
frente do quarto da moça, e então descer de forma sorrateira e silenciosamente
a escadaria até o andar térreo onde deve ter ido para sua casa.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; line-height: 115%;"> Depois disso, tendo visto que a noite
voltara à calmaria como de costume, voltei para a cama onde pude desfrutar de
adoráveis sonhos por algumas poucas horas. Mas logo fui acordada subitamente
por novos barulhos vindos do quarto vizinho, mas só que dessa vez, quando fui
investigar, já eram os próprios policiais e bombeiros levando o corpo de minha
adorável e barulhenta vizinha. Fiquei assustada ao vê-la daquela forma
horrorosa, morta. –<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; line-height: 115%;"> Após o relato da velha senil, eu pude ver
que o superintendente escondia o rosto com as mãos para disfarçar as lágrimas
que lhe fugiam, e desolado disse:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; line-height: 115%;"> -Não há mais duvidas! Meu filho a matou,
agora sou forçado a conviver com esta vergonha em minha família. Oh Deus,
novamente pergunto a ti, onde foi que eu errei?- E de cabeça baixa, retirou-se,
deixando-me em companhia da velha. Em nada mais eu poderia consola-lo, pois até
eu mesmo já estava quase totalmente convencido de que seu filho era um
criminoso. Quanto à velha senhora, perguntei intrigado:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; line-height: 115%;"> -Então não foi você que chamou a policia
aquela hora da madrugada?-<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; line-height: 115%;"> -Não – Disse ela – Como eu disse, eles já
estavam lá quando acordei.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; line-height: 115%;"> -Hum, então alguém deve ter chamado a
policia, mas quem?- E ficamos ali nos entre olhando pensando nas inúmeras
possibilidades, motivos e razões que possivelmente poderiam ter ligação com a
morte da jovem.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; line-height: 115%;"><br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<!--[if !supportLineBreakNewLine]--><br />
<!--[endif]--><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; line-height: 115%;"> †††
<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; line-height: 115%;"><br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<!--[if !supportLineBreakNewLine]--><br />
<!--[endif]--><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; line-height: 115%;"> Doutor
Lee havia nos convocado após o interrogatório para comparecer imediatamente em
seu laboratório onde o corpo da vitima fora analisado pela autopsia. Lá
encontramos o corpo com o peito aberto expondo todo seu interior a nossa vista.
Devo confessar que mesmo diante de brutal mutilação, seu rosto ainda era belo e
encantador.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; line-height: 115%;"> Lee usava assim como Victor, usava seu
jaleco preto, recusando o convencional de cor branca. Isso sempre me gerou
duvidas, mas respeitava-os por escolher o preto em suas indumentárias. Logo se
pôs a nos revelar o resultado da autopsia morta:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; line-height: 115%;"> -Olá amigos, chamei-os secretamente de
nosso superintendente por que sei que esse caso, diferente dos outros envolve
alguém próximo a nós, o filho de ninguém menos do que o homem que assina os
nossos cheques, e por esse motivo, devemos dar maior atenção a esse caso e
sermos precisos em nossas conclusões.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; line-height: 115%;"> Bom... Após minha vistoria no corpo da
jovem moça acabei descobrindo o real fator de sua morte. E a vitima realmente
morrera por eletrocussão da agua provocado pelo aparelho de barbear que ligado
á tomada elétrica e entrando em contado com a banheira cheia de agua resultou
na morte da jovem, também fazendo sua boca espumar. Mas não é só isso. Também
descobri através de resíduos de sêmen em sua boca que a morta teve relações
sexuais pouco antes da morte. E tem mais, vejam isto-...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; line-height: 115%;"> <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; line-height: 115%;"> <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; line-height: 115%;"> Lee foi até o balcão onde tirou um pote de
vidro transparente contendo um liquido viscoso que continha em seu centro um
pequeno feto de poucos centímetros de cumprimento. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; line-height: 115%;"> -Ela estava gravida de Júlio!- Complementou
Lee exibindo o feto dentro do pote- Também descobri resíduos de pílulas de
antidepressivos. Obviamente isso indica que a morta, quando ainda viva, sofria
de depressão. Isso é tudo o que seu corpo pode me revelar, mas foi o aparelho
de barbear que me deu mais informações a respeito do caso que de inicio julguei
antecipadamente ser suicídio ou acidental.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; line-height: 115%;"> Eu achava que pelo que me foi informado
sobre o banheiro da vitima, o barbeador que por distração estava ligado na
tomada e deveria estar sobre a base que vi nas fotos sobre a banheira, devido à
potência alta de seu motor interno, vibrara tão fortemente ao ponto de ter-se
movido sozinho até cair dentro da banheira. Então para ter certeza dessa
conclusão, como podem ver ali, montei um cenário quase que idêntico ao
banheiro, com base de suporte para o aparelho e a banheira logo abaixo.
Entretanto, quando coloquei o aparelho á prova, mesmo em máxima potência, ele
se manteve imóvel em seu lugar, sua posição se manteve inalterável. –<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; line-height: 115%;"> -Isso descarta a possibilidade de morte
acidental não é mesmo Doutor?- Indagou Victor cruzando os braços.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; line-height: 115%;"> -Eu diria que sim, mas ainda resta saber se
fora suicídio ou homicídio- Disse o Doutor.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; line-height: 115%;"> -E o que o senhor acha Doutor?-<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; line-height: 115%;"> -Eu nada posso afirmar a respeito disso,
mas o barbeador me deu outra pista que julgo muito importante para o desfecho
desse caso. –<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; line-height: 115%;"> -E que pista é essa Doutor?- Perguntei
inquieto suando frio diante de tamanha tensão. E o doutor olhando-me seriamente
nos olhos disse:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; line-height: 115%;"> -Eu investiguei mais sobre o barbeador e
acabei descobrindo que ele pertence á Júlio-.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; line-height: 115%;"> Aquela altura para mim, não havia mais
duvidas, eu realmente já estava convencido de que Julião o filho de nosso chefe
era de fato o autor da morte da jovem sua namorada. Todas as pistas e fatos
apontavam para ele como principal suspeito. Também já formulara em minha mente
o possível motivo para que ele cometesse tal crime.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; line-height: 115%;"> Ao sairmos do laboratório, Victor e eu
fomos ao seu gabinete pessoal, onde pudemos avaliar e questionarmos melhor
sobre o caso.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; line-height: 115%;"> -Então é isso- Disse-lhe inconformado-
Júlio é realmente um assassino, não nos resta mais duvidas! A proposito o que
ele disse no interrogatório?-<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; line-height: 115%;"> Victor estava sentado em sua grande e
confortável cadeira de couro acolchoado atrás de sua mesa de escritório
teclando distraído algumas letras em seu notebook. Quando me virei para ver o
que ele fazia ali, surpreendi-me ao vê-lo acessar interessadamente um site de
compras online onde estava no tópico sobre rações para gatos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; line-height: 115%;"> -Victor! Eu não sabia que criava gatos-
Articulei.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; line-height: 115%;"> -Atualmente eu não crio, mas pretendo criar
um. E sobre Júlio, ele apenas me disse que realmente amava sua namorada, nada,
além disso. Você chegou á alguma conclusão? –<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; line-height: 115%;"> -Ah sim, sim eu creio que cheguei ao fim
desse caso, e devo dizer que estou decepcionado com você Victor, está muito
distraído e não conseguiu resolver esse caso antes de mim, parece que está
perdendo o jeito. Bom eu concluo que Júlio é realmente culpado, pois ele havia
razões e oportunidades para cometer o crime. –<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; line-height: 115%;"> -Razões? E quais seriam?- Indagou Victor
ainda com o olhar atento ao monitor do notebook.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; line-height: 115%;"> -Júlio mentiu para você no interrogatório
quando disse que amava a vitima, pois na noite do crime, sabendo ele que ela
esperava um filho seu, sabendo que seu pai não suportaria saber que seu filho
ainda muito jovem seria papai também, tratou logo de mata-la para que não
tivesse esse filho, e fez isso tudo parecer com suicídio, mas ele não contava
com a testemunha que me foi muito útil e valiosa nessa questão-. Após
minha explicação, Victor desabou a rir como se o que eu acabara de contar ali
fosse a mais hilária das piadas já contadas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; line-height: 115%;"> -Qual e a graça?- Perguntei revoltado e
intrigado com o rosto vermelho sem nada entender. Victor após seu ataque de
risos se recuperou e levantando-se da cadeira, foi em direção ao cabideiro onde
estava seu inseparável casaco negro, retirando-o dali e pondo sobre seus largos
ombros altos. Após colocar os óculos escuros disse-me:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; line-height: 115%;"> -Esse seu ponto de vista ridículo Sr.
Salomon, é totalmente ridículo hahaha, como é Hilário! É por isso que gosto de
trabalhar com você. Você é engraçado, e anima o meu dia. Hahaha...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; line-height: 115%;"> -Então você discorda que... - E antes que
eu pudesse terminar a frase, Victor interferiu:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; line-height: 115%;"> -Discordo que Júlio seja um assassino, pois
ele realmente amava sua namorada assim como amaria seu futuro filho se o
tivesse-. Victor saiu do gabinete e se dirigia rumo á saída do prédio, indo em
direção ao estacionamento onde seu Fiat negro quatro portas o aguardava. Eu o
seguia ainda mais intrigado. Logo ele chegou ao carro e adentrando-o
convidou-me ao banco de passageiro.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; line-height: 115%;"> - Então você já solucionou o caso?-
Perguntei-lhe enquanto entrava no carro e colocando o cinto de segurança,
sabendo que dali á poucos instantes, estaríamos em alta velocidade pelas ruas
da cidade. (Era assim que Victor dirigia, como um louco).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; line-height: 115%;"> -Sim e não!- Respondeu ele.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; line-height: 115%;"> Victor ligou o carro e foi sem perder tempo
pisando fundo no acelerador, conduzindo com habilidade o veiculo, desviando de outros
carros e pedestres, fazendo curvas perigosas em ata velocidade que nem um
piloto de corrida profissional.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; line-height: 115%;"> -Como assim, “Sim e não”? – Perguntei sem
folego enquanto me segurava como podia dentro do carro- Explica-me, por favor-.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; line-height: 115%;"> -Falta ainda pegar o verdadeiro autor do
crime!- Disse ele parando o carro frente a centro comercial, e quando olhei
pelo vidro escuro do carro.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; line-height: 115%;"> -Onde estamos indo?- perguntei mais uma
vez.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; line-height: 115%;"> -Pet Shop!- disse ele saindo do carro e
entrando no estabelecimento especializado em animais.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; line-height: 115%;"> Em todos os anos que trabalhei ao lado de
Victor, jamais consegui compreender seu modo de pensar, nem mesmo conseguia
compreender certas exterioridades que ele tinha consigo. Mas mesmo assim,
sempre depositei total confiança em suas habilidades extraordinárias de dedução
e raciocínio. Ao seu lado, eu não deixava de me sentir o Dr. Watson nos contos
policiais de Arthur Conan Doyle, acompanhando de perto o modo como Sherlock
Holmes chegava ao final de seus casos policiais através de pistas e deduções
precisas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; line-height: 115%;"> Após alguns minutos, Victor saiu da loja
carregando um enorme saco de ração, e com pouca dificuldade, carregou-o até o
porta-malas, voltando em seguida para dentro do carro, logo já estávamos
novamente em alta velocidade desviando de carros e pedestres, rumo ao centro da
cidade onde ficava o prédio que encontramos a moça morta. Rapidamente chegamos
ao local. Victor correra tanto que senti meu sangue gelar em minhas veias. Ele
tinha quase tanta habilidade no volante quando como intelectual.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; line-height: 115%;"> Sem perder tempo, descemos do carro
estacionado na porta do prédio, e Victor foi logo retirando o saco de ração do
porta-malas. Minutos depois já estávamos subindo os muitos degraus do prédio
até o andar da vitima. Andamos pouco pelo corredor até chegarmos á porta onde
ainda estava conservada a faixa amarela com os dizeres: “Cena de crime, não
ultrapasse”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; line-height: 115%;"> Entramos. Era o quarto da jovem, e ainda se
mantinha do mesmo jeito que o deixamos, cada objeto em seu devido lugar, nada
fora revirado e nenhuma alteração fora feita.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; line-height: 115%;"> -Victor! Porque estamos aqui? Oque vai
fazer com isso?-Perguntei-lhe apontando o saco de ração.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; line-height: 115%;"> Victor foi direto ao banheiro onde
encontramos o corpo, e lá chegando, subiu no assento do sanitário e abriu a
pequena janelinha sobre o chuveiro, que fez uma leve brisa adentrar no cômodo.
Em seguida, abriu no dente o saco de ração que levava consigo, e despejou
todo o conteúdo sobre a base na parede que servia de suporte para os produtos
vaidosos da antiga dona.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; line-height: 115%;"> -Veja e verá- Disse Victor com ar
misterioso terminando de despejar toda a ração na base e tirando do casaco um
aparelho de barbear elétrico, semelhante ao anterior encontrado dentro da
banheira. Também o depositou sobre a base de suporte logo acima da banheira.
Após isto ele se afastou, e cruzou os braços como que esperando algo acontecer
ali. Eu observava a tudo atentamente da porta do banheiro, contudo, sem nada a
entender.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; line-height: 115%;"> Tendo se passado exatos três minutos,
ouvimos um miado muito distinto, inconfundível, era um gato que sentindo o
cheiro daquela ração que Victor depositara ali, aproximava-se rapidamente. Logo
o estranho felino de pelos negros saltou da janelinha sobre o chuveiro
aterrissando graciosamente sobre a base de suporte. Nesse ato, notei que o
bichano desastrosamente havia deixado o aparelho de se barbear cair dentro da
banheira.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; line-height: 115%;"> Victor não perdeu tempo, foi logo agarrando
o gato e o segurando pelo dorso, virou-se para mim exibindo o felino dizendo:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; line-height: 115%;"> -Eis aqui o verdadeiro autor do crime!- em
seguida colocou-o no braço e começou a acaricia-lo. O gato de grandes olhos
verdes começou a ronronar.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; line-height: 115%;"> <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; line-height: 115%;"><br />
<br />
<!--[if !supportLineBreakNewLine]--><br />
<!--[endif]--><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; line-height: 115%;"> †††<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; line-height: 115%;"> Quando a noite chegou, parecia que tudo já
estava esclarecido e resolvido. A inocência de Júlio foi provada, mas seu pai
mesmo pouco mais aliviado com o filho, ainda demonstrava-se muito decepcionado
pelo fato de ele não ter contado sobre o filho antes. Ambos decidiram passar o
resto da noite juntos a falar sobre isso.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; line-height: 115%;"> Enquanto isso, Victor e eu continuávamos a
debater o caso juntos em seu gabinete pessoal. Muito intrigado ainda,
questionei-o sobre como ele conseguiu chegar ao final de mais um caso tão
sublime e de forma tão racional.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; line-height: 115%;"> -Ora! –Dizia ele enquanto fazia carinho no
gato negro de olhos verdes sobre seu colo que ronronava agradecido pelo
carinho- Tudo muito simples, e de cara eu já o resolvera. Devo revelar aqui meu
amigo as verdadeiras pistas que mereciam maior atenção, e uma delas que você
deixou passar despercebido, foi exatamente o gato preto. Lembra quando citou
que a morta morava sozinha, mas tinha como companhia um gato? E viu também como
o apartamento da jovem era fechado e abafado? Agora você deveria saber que
essas criaturas em geral gostam de liberdade, de ar livre. Então só havia uma
forma para esse felino transitar de dentro do cômodo para fora, e vice versa,
que era exatamente através da janelinha do banheiro. Assim o gato transitava
sempre a hora que quisesse. Primeiro saltando sobre a base de suporte de
produtos, e depois direto para a janelinha que lhe dava acesso aos telhados
vizinhos. O problema de fato foi o descuido de a moça ter deixado à máquina
ligada na hora em que tomava banho na banheira. O gato não teve culpa se o
objeto estava em seu caminho para a liberdade. Contudo devo dizer que isso foi
um trágico acidente que poderia ter sido facilmente evitado. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; line-height: 115%;"> -Tá, mas... Por que Júlio não quis falar
nada no interrogatório?- Indaguei.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; line-height: 115%;"> -Ora, mas ele falou. Disse-me que amava a
jovem moça e que nunca a mataria. Também me revelou que sabia que a mesma estava
gravida dele, e que pretendia ter esse filho com a moça. Mas não o podia
revelar na frente de seu pai, pois sabia que ele ficaria muito bravo e
decepcionado. Assim após a saída de seu pai da sala de interrogatório, ele
abriu o jogo comigo. De fato ele era inocente, aliás, um bom rapaz, foi ele que
emprestou o aparelho para a namorada, não queira saber por quê. Agora o celular
deixado na cena do crime foi mera distração do jovem.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; line-height: 115%;"> -Hum... Isso faz sentido, mas e a
testemunha? Ela disse ter ouvido gritos de dor e pancadaria no quarto na noite
o crime e depois viu o garoto sair sorrateiramente do prédio. - Após estas
minhas palavras, Victor novamente desabou a rir por longos segundos. Algum
tempo depois recuperou o folego e disse:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; line-height: 115%;"> <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; line-height: 115%;">-Gemidos! E não gritos, o que você acha que dois jovens
apaixonados estariam fazendo sozinhos em um quarto à noite, que deixaria na
manhã seguinte os lençóis o colchão e os travesseiros espatifados sobre a cama?
Hahaha você me mata de rir Salomon, essa velha não é testemunha nem pode ser
considerada importante no caso. Também acredito que ela não gostava tanto assim
de sua vizinha, e sabia que o casal estava praticando orgia. -<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; line-height: 115%;"> -Nossa! Então, pelo menos ela morreu
satisfeita hahaha- Disse por fim rindo de mim mesmo. – Mas Victor! Ainda há
algo me intrigando bastante!-<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; line-height: 115%;"> -E o que seria?-<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; line-height: 115%;"> -É a policia! Como eles conseguiram chega
lá tão rápido se não foi à velha que os chamou? Alguém deve ter chamado!-<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; line-height: 115%;"> Victor ainda acariciando o felino em seu o
colo, fitou-me com os olhos por sobre as lentes negras de seus óculos com o ar
sério e frio de costume dizendo:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; line-height: 115%;"> -Boa pergunta meu amigo! No entanto a
resposta é bem simples. Foram os próprios bombeiros que chamaram a policia. O
prédio possui em suas instalações elétricas um mecanismo ligado direto com o
corpo de bombeiros, que indica que no prédio em certo andar ocorreu um curto
circuito que poderia resultar em um desastroso incêndio. Esse mecanismo só
existe nos prédios construídos mais recentemente e ajudou a evitar muitos
incêndios por aí. Foi através desse mecanismo que eles souberam que no quarto
da vitima ocorrera um curto circuito quando o aparelho ligado á tomada entrou
em contato com a agua da banheira, culminando na morte da jovem moça. Quando
eles chegaram aqui, e se depararam com a jovem moça morta na banheira,
rapidamente chamaram a policia. -<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; line-height: 115%;"> Ao final dessa explicação dada por Victor,
eu não tinha mais duvidas. O caso da morta na banheira se encerrava ali e o fim
do expediente estava já havia acabado. Era chegada a hora de voltar para minha
casa. Enquanto me agasalhava com um simples casaco de couro, observava Victor
acariciando o felino.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; line-height: 115%;"> -Antes de ir, tenho só mais uma duvida!-
Disse. - Oque vai fazer com o autor do crime? –<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; line-height: 115%;"> -Vou adota-lo como minha mascote! Ainda não
tem nome, sugere algum? –. Após um breve momento em silencio, respondi:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; line-height: 115%;"> -“Mond”!-<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; line-height: 115%;"> -Mond?-<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; line-height: 115%;"> -É, fica com pronuncia “munth” que
significa luar em alemão-. Victor pôs-se a rir de mim mais uma vez, mas logo
cessou a gargalhada e pronunciou:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; line-height: 115%;"> -Que porra de nome é
esse? Hahaha, mas tudo bem! Ele se chamará Mond!- Disse isso voltando a olhar
para o gato sobre suas pernas, acariciando seu pelo com a mão, enquanto eu
voltava para casa a fim de descansar e aguardar o proximo caso.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; line-height: 115%;"> <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; line-height: 115%;"><br />
<!--[if !supportLineBreakNewLine]--><br />
<!--[endif]--><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; line-height: 115%;"> FIM<o:p></o:p></span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJIi6jyz3xgDS5T1Vtw6RNjpeXdefBUf80RTJ5DwuJnZoY3ljanrAGKrnt7QkQ64Yuk7mAF_tWFr1ZBEgzf4fcGuenRYpRKA8Favj5vXxAVH33OssOGiOn8CoI9iUn6CsH_c-2HokE1hHq/s1600/gato_preto_poster-r801a6ad8ae1b42feaa6e4769963b1844_w2q_8byvr_512.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJIi6jyz3xgDS5T1Vtw6RNjpeXdefBUf80RTJ5DwuJnZoY3ljanrAGKrnt7QkQ64Yuk7mAF_tWFr1ZBEgzf4fcGuenRYpRKA8Favj5vXxAVH33OssOGiOn8CoI9iUn6CsH_c-2HokE1hHq/s640/gato_preto_poster-r801a6ad8ae1b42feaa6e4769963b1844_w2q_8byvr_512.jpg" width="640" /></a></div>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; line-height: 115%;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; line-height: 115%;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; line-height: 115%;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; line-height: 115%;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; line-height: 115%;"><br /></span>
</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="blogger-post-footer">Este artigo pertence ao Blog: (contosinsanosdesalomon.blogspot.com.br) Plágio é crime e está previsto no artigo 184 do Código Penal. Portanto pense bem antes de copiar qualquer conteúdo aqui postado sem minha expressa autorização!</div>Dominus Brhttp://www.blogger.com/profile/15517486263583138830noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-394474222566704520.post-43574814854991194772013-07-08T12:49:00.004-07:002013-09-21T14:49:31.081-07:00Corvos - Por Salomon<div style="background-color: white; color: #333333; font-size: 13px; line-height: 19.5px;">
<strong><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Corvos - Por Salomon</span></strong></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-size: 13px; line-height: 19.5px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-size: 13px; line-height: 19.5px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-size: 13px; line-height: 19.5px;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"> Era chegada àquela época do ano em que as afáveis aves de penas brancas, azuis e cinzas se deslocavam para aquela região a fim de perpetuar a espécie e fugir do inverno rigoroso que já chegara. Algumas dezenas cruzavam o céu quase que desesperadas rumo àquela comarca, mais especificamente em um lugar no meio das extensas terras cercadas por grandes matas nos sertões do Ceara. O nome desse lugar onde esses pássaros se deslocavam, teve seu nome baseado nas aves que ali se refugiavam, o tão falado “pombal”.</span></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-size: 13px; line-height: 19.5px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-size: 13px; line-height: 19.5px;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Sempre naqueles invernos rigorosos, antes do frio maior se aproximar, via-se no céu o fenômeno que muitos já conhecem bem: a migração das pombas para se proteger do inverno e se reproduzir, deslocando-se milhares de quilômetros.</span></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-size: 13px; line-height: 19.5px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-size: 13px; line-height: 19.5px;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"> O menino de pele morena queimada pelo sol impiedoso dos sertões e aparentava ter apenas quinze ou dezesseis anos de idade, mas que na verdade era mais velho do que isso, já fizera seus dezoito anos, mas mesmo que a idade não permitisse, levava por sobre o ombro sua espingarda carregada para um único disparo. Mortal.</span></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-size: 13px; line-height: 19.5px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-size: 13px; line-height: 19.5px;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"> De família pobre, poucas vezes havia passado fome, aprendera a caçar cedo, muito cedo, recebera a espingarda de presente do próprio pai, cassava para ter algo a mais na mesa além do feijão com arroz, mas muito mais do que uma necessidade, era um esporte. Caçar lhe proporcionava diversão. Caçar se tornara um habito. Cassar foi o que ele decidiu fazer naquela noite.</span></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-size: 13px; line-height: 19.5px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-size: 13px; line-height: 19.5px;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Havia acordado cedo naquele dia, faltando ainda horas para o dia amanhecer completamente. Assim teria vantagem de encontrar suas aves ainda descansando nos ninhos das copas das arvores e por sorte, até mesmo no gramado verde e macio dos pombais, pois havia os pombos que não sabiam voar e permanecia paciente nos ninhos em solo aguardando suas penas se desenvolver. (isso normalmente de acordo com minha fonte).</span></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-size: 13px; line-height: 19.5px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-size: 13px; line-height: 19.5px;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Caminhava por entre veredas e trilhas de mato, pensou ter se perdido no escuro, arrependera-se de não ter levado uma lanterna, confiava que a lua cheia o ajudaria a enxergar o caminho, mas não contava com umas nuvenzinhas bloquearem o brilho da lua. Por mais de uma vez pensou que estava perdido. Caminhava desvairado pelo matagal, levou quase uma hora caminhando naquela condição perturbadora até chegar a uma trilha que julgava conhecer:</span></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-size: 13px; line-height: 19.5px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-size: 13px; line-height: 19.5px;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">“acho que é por aqui” pensava consigo mesmo.</span></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-size: 13px; line-height: 19.5px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-size: 13px; line-height: 19.5px;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Caminhou amedrontado por essa trilha, estava perdido e sozinho no véu escuro da noite. A espingarda lhe dava coragem de continuar caminhando, sem ela teria travado no meio do caminho depois que se perdera. Em fim. Chegou ao final da trilha, o matagal ficara para trás, e as nuvens começavam a liberar o brilho da lua cheia. Então ele viu que finalmente depois do susto de ter se perdido, havia chegado ao “pombal”.</span></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-size: 13px; line-height: 19.5px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-size: 13px; line-height: 19.5px;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Logo de inicio, viu o chão repleto de pequenos ninhos, ninhos das pombas que ainda não sabiam voar, por isso faziam seus ninhos no chão, era curioso isso. Adormecidos, havia cerca de uns três ou quatro daquelas aves bem apertadinhos dentro de cada ninho, adormecidos, tremelicando com o frio. Ah sim, ele eram fofinhos, bonitinhos.</span></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-size: 13px; line-height: 19.5px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-size: 13px; line-height: 19.5px;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"> Nas arvores, cintilavam pontos vermelhos, “pequenas frutas silvestres” assim pensava o rapaz.</span></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-size: 13px; line-height: 19.5px;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Nessa hora, o rapaz precisava de toda sua experiência para aquele momento. Era a hora de “catar” os pombinhos do chão sem fazer barulho, e para isso, geralmente usava-se algo para abatê-los ainda no chão, mas o garoto tinha uma técnica. Uma técnica um pouco cruel, infalível, que exigia apenas um pouco de habilidade com a faca. Com ela, ele catava pombo por pombo ao chão, e decepava lhe a cabecinha do minúsculo corpo, descartava as cabeças, mas o resto do corpo ia para seu patuá. Era sua futura refeição ali se amontoando dentro da velha bolsa encardida de sujeira. Enquanto fazia isto, tentava ser o mais silencioso possível para que não acordassem e fugisse dali, os pequenos pombos eram retirados um por um de seus ninhos por mãos robustas, mas que tinham um toque delicado, assim, tinham suas cabecinhas decepadas antes mesmo de acordarem. Logo os ninhos pelo chão ficaram vazios, e seu patuá ganhava volume e peso, mas ainda havia espaço. Pisando nas cabeças dos pombos pelo chão, caminhou até uma das arvores mais próximas onde avistou um ninho.</span></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-size: 13px; line-height: 19.5px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-size: 13px; line-height: 19.5px;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"> Subiu-a com pouca dificuldade, sentou por sobre um galho pouco mais baixo, o ninho estava um pouco acima de sua cabeça. Silencio. Novamente usou de seu toque delicado para pegar o pássaro do ninho, sentiu entre seus dedos a leveza das penas da ave. Era um pombo adulto, um pouco mais pesado do que o que esperava. Só precisava tira-lo do ninho e cortar sua cabeça, simplesmente isso, e no dia seguinte poderia comê-las assadas. Deveria ser assim.</span></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-size: 13px; line-height: 19.5px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-size: 13px; line-height: 19.5px;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"> Com a mão cheia segurando a ave adormecida, tirou-a do ninho acima de sua cabeça, e com todo cuidado para não acorda-la, levou-a até seus olhos, e o que seus olhos viram em suas mãos o deixou estarrecido. Um susto súbito o fez apertar sem querer a ave que segurava com a mão. O pássaro de penas negras despertou, abrindo seus pequenos olhos vermelhos que cintilavam com o brilho da lua, agitou-se, batia asas e grasnava seu canto medonho:</span></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-size: 13px; line-height: 19.5px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-size: 13px; line-height: 19.5px;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">CRUÁ, CRUÁ...</span></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-size: 13px; line-height: 19.5px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-size: 13px; line-height: 19.5px;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"> Antes que fizesses mais barulho, teve sua cabeça cortada pelas mãos robustas, mas delicadas do menino, que assustado, atrapalhou-se e deixou o corpo da ave morta cair no chão, permaneceu segurando somente a cabeça. Estava assustado, esperava que o ninho fosse de um pombo extremamente grande, mas não era. Aquilo era um corvo.</span></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-size: 13px; line-height: 19.5px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-size: 13px; line-height: 19.5px;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Desceu rapidamente da arvore, recuperado do susto, precisava voltar para casa e esquecer aquilo. Pegou a espingarda e colocou-a no ombro, era hora de ir embora, mas antes, avistou nas arvores, em todas elas, vários daqueles pontículos vermelhos. </span></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-size: 13px; line-height: 19.5px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-size: 13px; line-height: 19.5px;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"> Milhares Pontos vermelhos agrupados em pares? Ha não, não eram frutas, para temor do jovem, aqueles eram os olhos de milhares de outros corvos semelhantes ao que ele havia decapitado a cabeça que agora apertava em sua mão. Pequenos olhos redondos e vermelhos pareciam fita-lo furiosamente, será que eles sentiam a morte de seu semelhante?</span></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-size: 13px; line-height: 19.5px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-size: 13px; line-height: 19.5px;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"> Medo começava a tomar conta do menino, medo descomunal, um calafrio, pernas bambeando, o corpo paralisado de receio. Havia milhares daquelas aves de penas e bico negros com os olhos vermelhos fitando-o. Medo de que elas o atacassem. De repente um grasnar quebrou o silencio da noite deixando o menino ainda mais assustado:</span></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-size: 13px; line-height: 19.5px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-size: 13px; line-height: 19.5px;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">CRUÁ, CRUÁ, CRUÁ...</span></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-size: 13px; line-height: 19.5px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-size: 13px; line-height: 19.5px;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"> Estarrecido, olhou em volta, as aves ainda estavam imóveis, porém uma delas deveria estar grasnando aquele ruído maldito, mas qual? Seu coração acelerado parecia explodir no peito, tamanho o susto lhe causara aquele grasnar alto. Ainda procurava entre as arvores qual dos corvos fazia aquele barulho quando sem mais nem menos checou a própria mão, abriu-a diante dos olhos e viu a minúscula cabeça do corvo que havia decepado instantes antes, abrindo e fechando o bico negro e fitando-o com os minúsculos olhinhos vermelhos, grasnando o maldito barulho que ecoava pelo mato.</span></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-size: 13px; line-height: 19.5px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-size: 13px; line-height: 19.5px;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"> CRUÁÁÁÁ, CRUÁÁÁ, CRUÁÁÁ!</span></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-size: 13px; line-height: 19.5px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-size: 13px; line-height: 19.5px;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"> Com o susto, caiu para trás, tropeçando no corpo do execrado corvo.</span></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-size: 13px; line-height: 19.5px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-size: 13px; line-height: 19.5px;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"> Sob as arvores, os outros corvos que até então se mantinham imóveis apenas observando o estranho intruso, se agitaram fazendo um alvoroço. O bater de tantas asas ao mesmo tempo fazia um barulho quase ensurdecedor, voavam e grasnavam alto. Voaram formando uma verdadeira nuvem negra no céu.</span></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-size: 13px; line-height: 19.5px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-size: 13px; line-height: 19.5px;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"> Em pânico, o menino tentou pegar sua espingarda, mas antes que pudesse apontar para a nuvem de corvos, a nuvem avançou rapidamente contra o rapaz. Os pássaros pareciam castigando rapaz, logo com suas bicadas violentas, alguns lhe perfuravam o corpo a bicadas, outros lhe arrancavam os olhos, outros o que restava do corpo. Pareciam feras selvagens. O menino nada mais podia fazer a não ser gritar de dor, esperando a morte que não tardaria.</span></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-size: 13px; line-height: 19.5px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-size: 13px; line-height: 19.5px;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"> O tempo passa...</span></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-size: 13px; line-height: 19.5px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-size: 13px; line-height: 19.5px;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"> O dia amanhece e dois roceiros compadres que usavam aquele percurso para chegar até seu lugar de plantio, se deparam com uma cena macabra. Pelo chão, havia ossos com fortes arranhões, o crânio jazia ainda com um olho e mais arranhões profundos, era um crânio humano. E nas arvores, as copas continham seus galhos turvos secos, sem folha alguma.</span></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-size: 13px; line-height: 19.5px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-size: 13px; line-height: 19.5px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-size: 13px; line-height: 19.5px;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-size: 13px; line-height: 19.5px;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-size: 13px; line-height: 19.5px;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-size: 13px; line-height: 19.5px;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-size: 13px; line-height: 19.5px;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj9W1cu3L6us8ANpZ356rQP0fcVMTNo_JrL-s7gxgwwIDVkr47SVHRNrarA0LoXd95WSl0cGa1orqn7pqWswvDu919uR21Rmq_WqhKeobsg3A5gpD-kYV-DiY-ItjK9IHuhik2L6i19-Ek_/s1600/14534586-illustration-of-the-crows-on-the-tree-and-in-the-air.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj9W1cu3L6us8ANpZ356rQP0fcVMTNo_JrL-s7gxgwwIDVkr47SVHRNrarA0LoXd95WSl0cGa1orqn7pqWswvDu919uR21Rmq_WqhKeobsg3A5gpD-kYV-DiY-ItjK9IHuhik2L6i19-Ek_/s640/14534586-illustration-of-the-crows-on-the-tree-and-in-the-air.jpg" width="512" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-size: 13px; line-height: 19.5px;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"> </span></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-size: 13px; line-height: 19.5px;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"> †††</span></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-size: 13px; line-height: 19.5px;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"> </span></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-size: 13px; line-height: 19.5px;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-size: 13px; line-height: 19.5px;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div class="blogger-post-footer">Este artigo pertence ao Blog: (contosinsanosdesalomon.blogspot.com.br) Plágio é crime e está previsto no artigo 184 do Código Penal. Portanto pense bem antes de copiar qualquer conteúdo aqui postado sem minha expressa autorização!</div>Dominus Brhttp://www.blogger.com/profile/15517486263583138830noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-394474222566704520.post-86386089159966600192013-04-30T15:42:00.000-07:002013-09-21T14:49:31.170-07:00Claustrofobia – por Salomon<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Claustrofobia – por
Salomon</span><o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br />
<br />
<br />
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhuhX5YwnAhSegVTORiZdOxQXPUWHtXl9DKnwYvgDh9IZn4wISVlfL6CBiYo10Y-QRoamZMeMyQjs-cgHULFHCpH9MD2eLtWyRNa0ghZ376BlKKJWuj6pbMQDai-3-cGwmY2Ua_8iMNcwIn/s1600/clau.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhuhX5YwnAhSegVTORiZdOxQXPUWHtXl9DKnwYvgDh9IZn4wISVlfL6CBiYo10Y-QRoamZMeMyQjs-cgHULFHCpH9MD2eLtWyRNa0ghZ376BlKKJWuj6pbMQDai-3-cGwmY2Ua_8iMNcwIn/s1600/clau.jpg" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Lembro-me de uma
época remota em minha infância e juventude, de um acontecimento traumático que
me deixou estremecido pelo resto da vida, uma experiência realmente traumática
e assustadora que me tortura hoje só de lembrar o ocorrido. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"> Foi realmente horrível,
lembro-me de ter despertado subitamente, do que parecia ser um sono profundo ou
um desmaio, ou mesmo algo semelhante a um coma.
Inicialmente achei que era noite, pois estava muito escuro e eu nada
podia ver em meios às sombras que me cercavam. Também achei que estava deitado
em minha cama, mas eu estava miseravelmente enganado, pois eu me encontrava em
uma posição desconfortável em um local apertadíssimo, como o interior de uma
caixa de papelão. Meus joelhos encostavam-se a meu queixo, eu estava totalmente
encolhido e apertado no pequeno espaço. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"> Tentei levantar-me,
mas bati minha testa na superfície solida de madeira pesada, uma superfície que
lhe servia como tampa e me aprisionava naquele espaço fechado. Lembro-me de
como comecei a transpirar, o calor me fazia suar como uma cascata. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"> A situação me era
familiar, logo me lembrei de um conto escrito pelo mestre do terror Edgar Allan
Poe, chamado “<a href="http://www.gargantadaserpente.com/coral/contos/apoe_sepultamento.shtml" target="_blank">Enterro Prematuro</a>”, onde o infeliz personagem foi dado como morto
pela família e enterrado vivo no cemitério, logo depois dentro do caixão a sete
palmos da superfície, ele despertou, e se viu naquela situação nada agradável.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"> Logo deduzi que o
mesmo acontecera comigo, que estava desconfortavelmente no interior de um
caixão de madeira enterrado no cemitério da cidade, esquecido pelo mundo,
condenado a morrer daquela forma. Comecei a me questionar, onde eu estava e
como eu fui parar ali? Outras questões mais atormentadoras: há quanto tempo eu
estou aqui? Horas? Dias? Meses talvez?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"> Completamente
agoniado, tentei manter a calma, a fim de economizar o oxigênio que me restava
na esperança de ser descoberto e desenterrado por alguém. Mas minha
tranquilidade logo se esgotou junto com minha esperança, o medo de morrer ali
se tornou maior, seria uma morte lenta e funesta, mas não, eu não queria morrer
daquela forma. Imagine caro leitor como é desesperador acordar de repente em um
lugar escuro e apertado, sem ter a mínima noção de onde está ou como chegou
ali, ou ainda: sem saber como sair dali.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"> Enquanto o medo
tomava conta de meu ser, sentia a sensação de ser o próprio personagem do conto
de Edgar Allan Poe. Logo o medo tornou-se paranoia, eu sentia que morreria
sufocado ali, pois já estava ofegante demais. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"> Então entregue ao
desespero e a paranoia, comecei a gritar por socorro, debatendo-me e chutando a
tampa de madeira que me prendia naquele espaço apertado, debatia e gritava como
um louco desesperado, como se não houvesse mais razão em minha vida.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"> Então com o impacto
de meus chutes, uma brecha da tampa se abriu, rapidamente, dei-lhe outro chute
que fez com que a tampa se abrisse bruscamente. De repente uma iluminação forte
fez-me ficar cego por alguns instantes.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"> Ainda desesperado e
gritando, saltei para fora, mas acabei tropeçando e cai no chão onde permaneci
ainda aos berreiros debatendo-me como um louco. Até que uma voz familiar fez-me
calar a boca: <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">-Tá doido desgraçado?- era a voz de meu irmão menor, de
apenas onze anos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">-Onde estou? Quanto tempo estava preso?- perguntei-lhe
enquanto recuperava aos poucos a minha visão.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">-Está em casa, nossa casa, poxa você acabou a brincadeira,
eu já ia te procurar-. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"> Nessa hora minha
visão voltava ao normal e eu pude ver que realmente estava em casa, mais
precisamente no quarto que dividia com meu irmão, senti alivio ao ver a cama
desarrumada, brinquedos espalhados pelo chão e um grande guarda roupas
abertamente revirado.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"> Pude também
observar o maldito baú de madeira de onde eu havia saído colocado frente à cama
onde eram depositados os brinquedos que jaziam espalhados pelo quarto. Então eu
finalmente lembrei que eu havia entrado no baú na intensão de esconder de meu
irmão, pois estávamos brincando de esconde-esconde. Maldito baú que usei como
esconderijo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"> Logo mais, já
recuperado do susto, arrastei-me para a cama e fiquei deitado pensando na
experiência traumática que havia passado.
Sentia-me um completo idiota, ridiculamente estremecido por dentro,
enquanto meu irmão me olhava sem nada entender. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Para distrair, perguntei por fim ao meu irmão:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">-Quanto tempo levou até me achar aqui?- e ele me respondeu
rindo:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Muito pouco, pois eu ainda estava contando até dez-.</span><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"> †††</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div class="blogger-post-footer">Este artigo pertence ao Blog: (contosinsanosdesalomon.blogspot.com.br) Plágio é crime e está previsto no artigo 184 do Código Penal. Portanto pense bem antes de copiar qualquer conteúdo aqui postado sem minha expressa autorização!</div>Dominus Brhttp://www.blogger.com/profile/15517486263583138830noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-394474222566704520.post-67912855388411639592013-01-06T10:30:00.000-08:002013-09-21T14:49:31.145-07:00Depoimento de Canny – por Salomon<br />
<div class="MsoNormal">
Depoimento de Canny – por Salomon<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Meu nome é Adam,
mas vocês me conhecem hoje simplesmente como Canny, talvez por que esse nome
lembra um pouco a raça dessa criatura pela qual eu tenho o poder de tomar
forma, só que muito diferente dos outros de minha espécie.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Quando estou em
minha forma amaldiçoada, eu ganho até cinco vezes mais o tamanho e a força de
um deles, e diferente dos lobisomens convencionais, eu tomo a forma completa de
um lobo comum de pelugem branca, além de conseguir manter a minha mente
inalterável, assim podendo raciocinar como humano independentemente dos
instintos de animal carnívoro irracional que havia dentro de mim. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Sim eu posso me
transformar em um lobo de pelos brancos e com até cinco vezes seu tamanho e
força de um lobo comum, isso devido a maldição que foi talhada em alma, e que
lá habitaria até o ultimo dia de minha vida.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Há muitos anos
atrás, ainda em minha infância, eu costumava ficar brincando com Keibow meu
cãozinho de estimação, o mais fiel e único amigo que eu tive até então, meu cão
estimação, costumávamos brincar correndo nos divertindo pelas terras do nobre
rico.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Eu era filho de
camponeses pobres, meus pais eram servos do nobre rico, morávamos em uma
pequena casinha em suas terras onde cuidávamos, tratávamos, plantávamos e como
recompensa poderíamos morar em suas propriedades e ficar com metade do que o
nosso trabalho árduo rendia, trabalhávamos como escravos. Essa a forma
encontrada por meu pai para a nossa sobrevivência.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Eram extensas as
terras do nobre, sua propriedade se estendia desde sua mansão até onde a vista
alcançasse, para meu pai minha mãe e eu era um sufoco, um fardo pesado e
rotineiro trabalhar tanto naquelas terras, todos os dias com exceção dos
domingos que podíamos descansar o dia inteiro devido as tradições religiosas da
região.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Em um desses
domingos, lembro-me como se fosse ontem que Keibow latia bravamente contra o
horizonte contra algo longe das terras do nobre rico, enquanto eu apenas
apreciava o momento na presença de meu amigo Keibow, o calor daquele finalzinho
de tarde, o sol se pondo, queimando minha pele vermelhada, o vento soprando em
minha face, sentindo o perfume daquela vegetação que nos cercava comtemplando a
visão de ver aquele fruto de meses e meses de trabalho árduo, aquilo
simplesmente me satisfazia.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Enquanto eu
desfrutava daquelas sensações simples e prazerosas daquele domingo, Keibow
continuava latindo contra algo no horizonte, aquela altura o sol já havia se
posto totalmente e a noite se aproximava mais e mais, a lua começava a subir
alto expondo sua beleza, e então Keibow que até então se mantinha ao meu lado,
correu em disparada rumo ao horizonte onde ele devia ter visto algum pássaro ou
algo semelhante pousar nas terras, eu como não tinha nada mais interessante para
o meu entretenimento daquele domingo chato, corri atrás de Keibow, este já se
encontrava tão distante e ainda correndo, que só depois de sete minutos
correndo naquela direção ele havia cessado com a correria e com os latidos
então eu o alcancei, ele estava parado frente a uma floresta densa com arvores
altíssima e galhos poucos folheados, naquele momento lembrei-me de todas as
historias sobre criaturas medonhas e fantásticas que meus pais haviam
mencionado que moravam naquela floresta.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Eu nunca acreditei
em histórias de lobisomens, mas depois daquele episodio macabro de minha vida,
eu repensava sobre meus temores. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
O que eu percebi
foi que Keibow já não latia corajosamente contra algo que ele havia percebido
naquela floresta, agora ele simplesmente soltava no ar, sons tristes de um choro
melancólico canino, então me pus ao seu lado e o abracei tentando entender o
que havia deixado meu pobre amigo daquele jeito, tentei conforta-lo,
reanima-lo, pois eu amava aquele individuo como um irmão, em fim.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
O sol já havia
desaparecido completamente e a noite já havia caído, aquela altura a lua cheia
já exibia toda sua majestosa beleza no céu, então uma rajada de vento estranha
e misteriosa fez com que todas aquelas arvores dançarem e estremecerem
desesperadamente, meu coração acelerou muito rápido, abracei ainda mais forte o
pobre Keibow que já teria fugido se eu não o apertasse tanto em meus braços.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Acho que por sorte
meu pai havia notado a minha ausência em nossa pequena casinha, ele sempre me
dizia para ficar longe daquela floresta,
e devido aquela rajada de vento que lhe chamou a atenção ele deve ter
deduzido certeiramente que era lá que eu estava.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
A lua brilhava alto
exposta no céu e a noite já havia caído totalmente e então eu ouvi, o som de
dezenas de corvos surgindo da floresta e voarem por cima de mim, fazendo aquele
barulho característico que só aqueles pássaros negros conseguem reproduzir. O
susto foi tão grande que eu literalmente gelei ali no local, o medo e o susto
haviam me paralisado, parecia que o sangue em minhas veias havia parado de
correr com tanto medo, e eu não conseguia criar coragem para me movimentar.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Keibow assustado se
debatia em meus braços querendo fugir, pressentindo o perigo que se aproximava,
enquanto eu o aprisionava meus braços congelados pelo medo, então houve um
curto momento de silencio que predominou por menos de segundos, foi aí que eu
ouvi aquele som que todos daquela região temiam, o som estremeceu por todo o
lugar, o som que toda criatura da terra temia, que penetrava na alma e
amedrontava todos que conheciam a sua origem, era o uivo estridente de um lobo,
ou melhor, um lobisomem carnívoro sedento por carne.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Fiquei ainda mais
apavorado, meus cabelos se arrepiaram de medo, e Keibow havia conseguido se
libertar de meus braços fugindo m direção a nossa casa, fugindo da criatura
que se aproximava pela floresta, a mesma
coisa que havia assustado aqueles corvos, que uivava para a lua cheia e se
aproximava de mim.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Em um momento eu
ouvi a voz de meu pai me mandando correr dali, foi exatamente o que eu fiz ,
seguindo o mesmo caminho que Keibow havia feito para fugir, enquanto meu pai
armado com sua carabina alemã corria em minha direção, e então ele olha para
mim com aquela expressão de horror desespero cravada em seu rosto, de repente
ele gritou para mim:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
- “corre!!!”<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Houve uma pausa para pegar folego e novamente ele gritou:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
-cuidado!!!-<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Foi então que
enquanto eu corria ligeira e apressadamente dei uma leve olhada para trás sem
diminuir a minha velocidade, e pude notar que enquanto eu corria desesperado,
que uma criatura com dentes enormes e uma pelugem cinza e olhos cintilantes
amarelados me seguia quase me alcançando, por diferença de menos de vinte
metros, era um lobisomem magro sedento de fome perseguindo-me ferozmente louco
para me devorar.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Eu pressentia que
seria pego, meu pai também havia percebido que eu seria alcançado sem chance de
escapar, a criatura corria muito mais rápido que eu, e então eu ouvi o estrondo
do disparo da arma de meu pai, senti o projétil voar a centímetros de meu
ouvido e se encontrar com a criatura atrás de mim, só ouvi o barulho de algo
atrás de eu cair pesadamente no chão.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Por um momento
senti que aquele disparo havia sido a minha salvação, com o susto do tiro e
também com a sensação de alivio, me soltei ao chão exausto e sem folego,
recuperando o oxigênio que faltava em meus pulmões. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
E então nesse curto
momento de paz, a criatura caída voltou a se mexer, logo já estava de pé sobre
duas patas e saltando em minha direção, meu pai ainda recarregava sua arma
apressadamente desesperado, e eu era erguido pela criatura que me segurava com
suas garras e me atacando o ombro com uma mordida violenta agonizante, a única
reação diante da situação que eu me encontrava naquele momento de desespero era
gritar com todo o ar de meus pulmões agonizando enquanto eu sentia os dentes
daquela criatura cravando em meu ombro. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Parecia que aquele
era o meu fim, a dor era muito forte , só me restava agonizar e aceitar a morte
enquanto aquela criatura me devorava , foi então que Kaibow surgiu por trás
dela cravando seus dentes exatamente no pescoço vulnerável da criatura, ficando
presa ali mesmo, a criatura soltou um rugido horrendo e estridente de dor, me
largando no chão quase morto e se contorcendo para tirar keibow de suas costas.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Eu já estava
cansado e exausto demais, fraco e abatido não conseguia forças para fugir dali,
sentindo a morte se aproximando de mim, a sensação que dá na pele quando sente
o frio gélido da morte, a sensibilidade em perceber as coisas em sua volta, os
olhos conseguiam acompanhar uma cena de milésimos em segundos, o tempo parecia
correr mais devagar, e a morte se aproximava cada vez mais, eu só pude olhar
para a lua cheia radiante alta no céu, vislumbrando sua beleza, enquanto ao
mesmo tempo a criatura conseguia arrancar Keibow de suas costas segurando-o
pela cabeça e abrindo sua mandíbula ao extremo rasgando-o pobre coitado ao meio
e largando seu corpo próximo a mim, foi um horror ver a cena do meu único e
fiel amigo morrer brutalmente daquela forma, pobre coitado que havia se
sacrificado para me salvar, as imagens continuam bem vivas em minha mente até
hoje.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Meu pai que já
havia recarregado a arma, agora avançava contra a criatura para tentar me
ajudar, mas antes que ele pudesse chegar mais perto, a criatura saltou em um
impulso vindo cair sobre meu pai que disparou o tiro acidentalmente para o ar,
o tiro não seria o bastante para salva-lo agora pois a criatura já estava caída
sobre ele devorando ferozmente e faminta, deliciando-se da carne de meu pai que
não podia mais reagir, não podia mais se salvar. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Eu ainda ferido,
apreciava com jubilo a linda e radiante lua cheia, a morte demorava a me
encontrar, o tempo passava lentamente e dentro do meu corpo eu sentia uma
reação diferente de tudo que já sentira antes, talvez fosse essa a sensação que
sentimos quando estamos morrendo, mas eu estava enganado, eu senti meus
batimentos cardíacos acelerarem muito rapidamente, senti o sangue ferver em
minhas veias, minha pele ganhava uma pelugem branca exótica e meus ossos
estalavam sofrendo uma mutação dolorosa, quase insuportável, meu corpo começava
a ganhar volume apressadamente, logo eu já estava tão grande quando aquela
criatura que devorava meu pai, em fim. Eu havia me transformado em um lobo, o
que era estranho, pois sempre achei que quem fosse mordido por uma fera dessas
se tornava uma fera como ela, um lobisomens, meio humano meio lobo, mas com o
instinto assassino carniceiro devastador, além de ser irracional.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Eu notei logo que
era diferente, eu havia ganhado mais tamanho e mais força, e a forma completa
de um lobo com pelugem branca, dentes afiadíssimos como facas, e um leve
instinto trucido que eu podia controlar, eu podia racionar, pensar, refletir e
ter consciência de meus atos. Eu não era como aquela criatura bestial que
devorava meu pai sem a concepção do que estava fazendo, vendo aquela cena
horrenda eu rosnei furiosamente um som que jamais ouvira antes, tão estridente
que e apavorante que deixou aquela criatura alerta de minha presença, ela se
virou para trás e se deparou comigo, logo já estava encolhido ali no chão,
soltando aqueles gemidos melancólicos de choro como um cachorro amedrontado.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Mas o meu rugido
estridente e furioso ecoou mais alto, e não tive o mínimo remorso quando
ataquei aquela criatura com toda a minha exaltação, pus minha pata sobre sua
cabeça imobilizando sua mandíbula para ela não me morder, enquanto com a outra
eu pousava sobe seu peito e abocanhava com ódio a sua perna, enquanto abocanhava
ele agonizava até a morte, então sem dificuldades eu consegui facilmente
arrancar-lhe a perna desmembrando-a do seu corpo, triturei-a com apenas três
mordidas dentro de minha boca antes de engolir.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
A essa altura seu
corpo já estava sem vida, sua morte estava trazendo sua verdadeira forma, a
forma humana, e aos poucos ele perdia sua forma monstruosa, logo ela já tomava
a forma totalmente humana, e pude notar através de seu corpo nu que aquela
monstruosidade que havia me atacado e tirado a vida de meu pai e de keibow, se
tratava de uma mulher, mesmo toda encharcada com aquele sangue eu pude notar o
quanto ela era jovem e bonita, então eu tirei minha pata de sua cabeça e pude
ver o seu rosto.<o:p></o:p></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjtYxA3mJMqKkiYixMk7LeKrfI0kkAHvHxOVTdeJl5bgMtBM9VTSiI2SUdZ2z5OEC4DJ1GQmPuBq0org8hHeycP57-AfFCmpjP1WWccobtGvVK7U3JSdE-N-ELTIhfcgGIzMuZeJksPuUNI/s1600/47823_Papel-de-Parede-Lobo-Branco_1440x900.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="250" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjtYxA3mJMqKkiYixMk7LeKrfI0kkAHvHxOVTdeJl5bgMtBM9VTSiI2SUdZ2z5OEC4DJ1GQmPuBq0org8hHeycP57-AfFCmpjP1WWccobtGvVK7U3JSdE-N-ELTIhfcgGIzMuZeJksPuUNI/s400/47823_Papel-de-Parede-Lobo-Branco_1440x900.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
Maldita seja a
ironia do destino, a surpresa funesta que tive quando tirei minha pata e vi o
seu rosto, vi que aquela jovem moça que eu havia acabado de tirar a vida era a
minha própria mãe, fiquei horrorizado e indescritivelmente abalado. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Desde então não fui
mais o mesmo, fugi para as montanhas e vivi em cavernas, alimentando-me de
outros animais, sempre com as lembranças atormentadoras do massacre da minha
família, a minha vida estava amaldiçoada, uma maldição que eu levaria até o
ultimo dia de minha vida, maldita seja a ironia do destino.<o:p></o:p></div>
<div class="blogger-post-footer">Este artigo pertence ao Blog: (contosinsanosdesalomon.blogspot.com.br) Plágio é crime e está previsto no artigo 184 do Código Penal. Portanto pense bem antes de copiar qualquer conteúdo aqui postado sem minha expressa autorização!</div>Dominus Brhttp://www.blogger.com/profile/15517486263583138830noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-394474222566704520.post-30791627816765554252013-01-02T09:01:00.003-08:002013-10-04T17:59:58.785-07:00(parte3) - O cavaleiro Negro decide fugir do inferno<br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Cambria","serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-font-family: Aharoni; mso-hansi-theme-font: major-latin;">O cavaleiro Negro decide fugir do inferno<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Em um dos abismos
sem fim do inferno, com horizontes avermelhados, fora dos muros que cercavam o
castelo do ser maligno, montado em seu cavalo negro, contemplando a paisagem
e o clima pesado do local. A sua volta, almas vivas sendo torturadas e jogadas
no abismo, alguns pediam sua ajuda, os gritos e lamentos dos condenados ecoavam
em sua cabeça, ele apenas observava os pobres infames pagando seus pecados no
inferno. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Sua cabeça estava
em outro lugar, algo forte o dominava, ele fecha os olhos, relembra mais uma
vez a cena da voz da filha de seu mestre entrando em sua cabeça:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
“Oque você fez?” ele lembra o rosto dela,
pálido meio cinza, límpido, olhos branquíssimos com um pequeno pontinho preto
cercado por uma mancha negra (maquiagem talvez) que lhe dava um toque vaidoso,
era uma jovem sedutora com um belo vestido sombrio e cabelos negros.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
“Ele quer ser
livre, Não o mande pro inferno” foram as
palavras seguintes. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Seus pensamentos agora
se voltavam para si próprio, da ultima missão que havia cumprido, era
simplesmente a de capturar Cérbero o cãozinho de estimação do ser a que ele servia.
Pela primeira vez em sua existência sentiu um leve remorso, sentiu pena em ter
levado a pobre criatura de volta ao inferno. “o que está acontecendo comigo?“
pensou consigo mesmo, -“esse não sou eu, eu não tenho sentimentos, não pode
ser”.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Seu cavalo lançava
chamas pelos olhos e ventas como que alertando seu montador de perigo próximo,
ele olha para o lado e nota há menos de cem metros, Cérbero que ele havia
mandado para esse inferno, estava inquieto, agitado sendo chicoteado por
demônios que tentavam dominar a fúria da criatura de três cabeças. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Os demônios que
tentavam domina-lo eram apenas simples bestas operárias, tinham a forma humana,
mas com algumas diferenças, todos iguais com chifres pontudos e rabo com uma
forma triangular na ponta, eram a forma semelhante do seu criador, estavam punindo
Cérbero, com aquelas chicoteadas bárbaras.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
“Eu sou como ele” pensava
consigo, imaginava-se como um escravo do inferno, sabia que seus pensamentos
eram limitados por que na sua criação, seu mestre havia tirado todos os seus
pontos fracos, inclusive o livre arbítrio de pensar abertamente.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
”Quem eu sou e o
que estou fazendo aqui?” leva às mãos a cabeça e segura o capacete, tira-o na
tentativa de aliviar a pressão que sofre enquanto pensava, agora estava em uma
batalha mental contra os próprios limites da mente.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Seu rosto expõe uma
face humana normal, a pele cinza de um demônio, mas as características de um
humano, sua boca com lábios cerrados, e uma barba curta misturada aos seus
longos fios de cabelo negros. Seu olhar é o mesmo por trás da mascara, olhos
vermelhos vivos e sorvidos no rosto. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Agora nota-se
melhor a robustez pesada em seu corpo, Não é atoa que ele é o demônio inferior mais
querido do soberaníssimo ser maligno, era um homem praticamente comum, mas um
corpo esbelto e forte, atlético com músculos rigorosos. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Ele era quase que
totalmente semelhante à criação de Deus, um humano quase perfeito, exceto pela
cor acinzentada da pele e o rosto fechado congelado em uma expressão de
indiferença, como que focado em um objetivo e centralizado nele, e era
exatamente isso que lhe corria os pensamentos. Ele olha a mascara que lhe
cobria o rosto, era uma mascara de metal com a forma de um demônio raivoso
modelado nela, Joga-a no abismo. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Como que por
resultado, desta ação, algumas lembranças voltam a sua cabeça, como um raio, as
imagens dele humano ainda mortal em seu fiel cavalo lutando contra um demônio
semelhante aos que agora o rodeia.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Deu certo, ele
estava se libertando da prisão mental que seu mestre havia-o prendido, aos
poucos ele restaurava pequenas lembranças de quando ainda era um simples
mortal. Ele volta a por as mãos na cabeça, segurando , concentrando-se ao
máximo, ”Quem sou eu” questionava-se o tempo todo, ainda estava sobre o poder
da limitação dos pensamentos de seu mestre. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Pela primeira vez
ele abre a boca, e solta um grito,<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
-Aaaaaahhhhhhhhhhhhhg!!!
– <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Sua voz gutural
pesada assusta os outros demônios que faziam suas tarefas rotineiras, Cérbero
também se assusta e cessa com a inquietação, deixando-se ser dominado pelos
demônios que o chicoteavam sem parar.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
-Eu tenho que fugir
daqui - disse para seu cavalo, este entendendo a mensagem de seu montador, bate
o casco da pata dianteira no chão com força, logo um portal se abre a sua
frente, dele sai um vento frio junto com algumas folhas secas, seu cavalo pega
distancia do portal, em seguida corre em disparada rumo a ele, atravessando-o,
ressurgindo ao mesmo tempo em um vilarejo em frente a uma igreja no meio da madrugada, as ruas desertas e
calmas, todos os habitantes jaziam dormindo profundamente . <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Seu cavalo relincha
alto, as chamas amarelas que saiam de suas ventas agora tinham uma cor
cianótica, estava apreciando respirar um pouco de ar, sentir-se vivo. Logo ele
nota a presença de alguém atrás dele, imediatamente ele saca sua espada de
laminas negras afiadíssimas, e sem nem ao menos voltar se para o individuo,
pousa a sua espada pesada sobre o ombro de um homem.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
-calma, calma, eu
não venho fazer mal algum, - <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Volta-se para trás
e vê que era Canny, Um demônio que tem a habilidade de transformar-se em um lobo
dez vezes maior do que um lobo comum, este levanta os braços para demostrar que
estava desarmado e sem chance de contrapor.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
-eu ouvi quando você falou
que tinha que fugir de lá, então eu resolvi acompanha-lo. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Canny vestia uma
roupa esfarrapada, verdadeiros trapos de roupa, com um tecido maltratado e
sujo, com uma coleira um pouco solta com espinhos metálicos internos, isso
servia para impedi-lo que se transformasse em lobo. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Longos cabelos
loiros e olhos negros cintilantes, uma pequena barbicha em seu queixo
denunciava o quanto era jovem, sua pele branca, mas um tanto avermelhada devido
ao ambiente calorento onde esteve por toda a eternidade. Enquanto falava sua
boca deixava expor seus caninos pontudos e alongados, <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
O Cavaleiro Negro
permanecia com a espada no ombro de canny apenas o observando e ouvindo-o.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
- espero que não se
incomode por eu ter me aproveitado da carona, eu precisava fugir de lá também-.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Ele faz uma pausa
esperando uma palavra em resposta, mas o cavaleiro negro continua calado com a
espada em punho pousada sobre seu ombro.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
- eu esqueci que
você não fala muito – <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Ele ri esperando
fazê-lo rir também, mas a frieza no rosto do cavaleiro continua inalterável, <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
- bem, não sei
quanto a você, mas eu vou embora daqui, pois quando Ele notar a nossa ausência
vai mandar aqueles demônios caçadores para nos procurar e aí meu amigo
estaremos encrencados-. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Ele tenta caminhar,
mas após dar o primeiro passo, o cavaleiro negro encosta a ponta de sua espada
na garganta de Canny, este fica alarmado e temendo fazer mais um movimento que
possa resultar na sua morte, resolve ficar ali mesmo.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
- Tudo bem então
amigo, eu fico pra tomar café com você –.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Ele fala em tom irônico, queria evitar a
qualquer custo uma luta com o cavaleiro negro, pois ele sabia que mesmo com
todo o seu poder em forma de lobo, não era desafio algum para ele, <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
De repente o cavalo
fica agitado batendo os cascos no chão, e soltando as labaredas de fogo pelas
ventas e olhos.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
-O que deu nele? –<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Sem obter uma
resposta, ele continua imóvel, pressentindo que algo extremamente ruim estava
prestes a acontecer.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Nessa mesma hora,
uma curta abertura de um portal se abre a frente deles, dele sai um demônio com
chifres contorcidos e quatro braços musculosos, mas antes que ele pudesse
atravessar totalmente o portal o cavalo bate com os cascos de forma mais
agressiva no chão, ativando o seu poder, fazendo o portal fechar-se, e cortando
um dos braços da abominação que o atravessava.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
- é um Caçador,
isso significa que ele já sabe que fugimos - disse Canny receando o que estava
prestes a acontecer.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Tendo consciência
do que estava prestes a enfrentar, o cavaleiro negro se desmonta de seu cavalo
e investe com a espada contra ele, tenta desferir um golpe com a espada, mas o
caçador se defende com um dos braços que ainda lhe restava segurando o braço do
cavaleiro, com outro braço ele desfere socos em seu rosto deixando-o cair no
chão desnorteado, sua espada cai um pouco distante.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Logo ele é
pisoteado pelo caçador que grunhia raivosamente.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
- Ele quer você de volta no inferno- a voz era misturada a um grunhido
aterrorizante.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
O cavaleiro negro
mantem a postura fria e fechada diante das palavras de seu oponente, vê-se em
uma situação difícil e apela pela ajuda de sua montaria, Que avança contra o
caçador e o afasta do cavaleiro deixando-o livre para voltar ao combate. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Canny apenas
observava atentamente quando avistou a espada do cavaleiro jogada aos seus pés,
sabendo do poder daquelas laminas ele pega a espada e com cuidado passa as
laminas sobre sua coleira, cortando-a facilmente, em seguida ele volta a
observar a luta do cavaleiro e o demônio caçador, ambos estavam de frente um para
o outro analisando qual movimento executar para tentar abater o oponente,
novamente como de costume o cavalo morto vivo havia tomado o cuidado de manter
uma distancia segura daquelas duas criaturas.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
O Caçador corre em
direção ao cavaleiro, os dois se chocam violentamente, mas o cavaleiro em
desvantagem, o caçador estava sobre segurado seus dois braços no chão, e com o
braço sobrando, desferindo mais socos no cavaleiro, este usa toda a força que
ainda restava para com as pernas, dar-lhe uma joelhada por trás, invertendo a
posição de luta, agora o caçador estava no chão e o cavaleiro de pé ao seu
lado, ele segura o demônio pelo chifre e o põe de pé, em seguida fecha o punho
e desfere um soco em seu rosto arremessando-o na porta da igreja. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Logo ele consegue
recuperar as energias e se põe de pé e salta em direção ao cavaleiro vindo cair
atrás dele, o cavaleiro tenta acertar outro soco no caçador, mas ele se abaixa
, agarrando a capa esvoaçante do cavaleiro e puxando ela, assim derrubando-o no
chão.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Novamente ao chão,
o Cavaleiro em desvantagem é surpreendido pela ajuda de um enorme lobo de pelos
brancos que avança contra o Caçador, mas ele consegue segura-lo e joga-lo ao
chão, aproveitando esse pequeno descuido do Caçador, o Cavaleiro negro encolhe
uma das penas, mira na articulação do joelho do demônio e chuta com a sola do
seu pé aquela região, vindo a ouvir um estalo alto, ele acabara de quebrar a
pena do seu oponente, agora o Caçador estava limitado naquela luta, grunhindo
mais alto ainda, contorcendo de dor, enquanto o Cavaleiro negro se colocava de
pé e apanhava sua espada. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
O lobo caído ao
lado do Caçador retornava a forma humana de Canny, que recobra a consciência e
vê o Cavaleiro negro aproximar-se do Caçador, em seguida deferindo mais um
golpe com a espada, ele fecha os olhos para não ver a cena horrenda que se
prosseguia, ouve o som de algo cair pesadamente no chão, ele abre os olhos e vê
perto de si, a cabeça decepada do demônio caçador com a expressão de ódio e ao
mesmo tempo horror em sua face.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
- Obrigado - diz o
cavaleiro com sua voz estridente enquanto recolocava sua espada na bainha, em
seguida erguendo o braço para ajudar Canny a se levantar.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
- Minha nossa! Você
fala! – surpreso com o que ouviu, ele segura a mão do cavaleiro e põe-se de pé,
em seguida limpa a poeira do seu corpo.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
-Melhor irmos
andando, pois mais enviados Dele virão atrás de nós-.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Nessa hora o corcel aproximava deles, mordendo e beliscando
a capa de seu montador, queria seguir jornada, continuar em frente.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
- se quiser aceitar
a minha companhia é claro-<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
O cavaleiro apenas
o observa,<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
-venha comigo se
quiser- <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Ele monta no seu
cavalo...<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
- Ou se conseguir
nos acompanhar - diz puxando as rédeas do cavalo saindo em disparada rumo ao
oeste, Canny sorri satisfeito com a nova amizade, e se transforma em lobo, em
sequencia, corre em disparada seguindo o Cavaleiro Negro, junto rumo ao oeste
sem destino certo.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Enquanto corria em
sua montaria, o cavaleiro relembrava mais uma vez do rosto da sedutora filha
daquele que o comandava antes,<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
“foi ela que
libertou os meus pensamentos” concluiu consigo mesmo, fora do inferno o seu
aquele ser maligno não era tão poderoso, assim o cavaleiro negro poderia pensar
livremente, mas com as lembranças ainda ocultas no fundo de sua mente, estava
determinado a descobrir a sua própria origem, explorar o seu passado para quem
sabe assim, poder descobrir como chegara a se tornar um escravo de Lúcifer. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Ao norte ele
avistava a montanha que aparecia em suas lembranças, era lá o primeiro lugar
que deveria explorar para recordar o seu passado, estava consciente de que
outras criaturas maléficas iriam aparecer em nome do ser que o escravizava, mas
com a ajuda de Canny, seu corcel e sua espada ele estaria pronto para os
próximos desafios.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p> <br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjir8F5U_NzwnYM7OSxPZu1oiVwU2PmeHxIxHyjc9PBvR8f0MrM2AkfUg-EE90rQWvJmeJqIcQ_X7mnAm4pOno1noEoMS4muyex1KwOoI4H3rbiTShyphenhyphenUWrUe9kQ4tDivZQSj_0ea-KNgp-e/s1600/528615_274672585989351_1512850949_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjir8F5U_NzwnYM7OSxPZu1oiVwU2PmeHxIxHyjc9PBvR8f0MrM2AkfUg-EE90rQWvJmeJqIcQ_X7mnAm4pOno1noEoMS4muyex1KwOoI4H3rbiTShyphenhyphenUWrUe9kQ4tDivZQSj_0ea-KNgp-e/s640/528615_274672585989351_1512850949_n.jpg" width="449" /></a></div>
</div>
<div class="blogger-post-footer">Este artigo pertence ao Blog: (contosinsanosdesalomon.blogspot.com.br) Plágio é crime e está previsto no artigo 184 do Código Penal. Portanto pense bem antes de copiar qualquer conteúdo aqui postado sem minha expressa autorização!</div>Dominus Brhttp://www.blogger.com/profile/15517486263583138830noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-394474222566704520.post-66771891984154616012012-12-24T13:50:00.002-08:002023-03-18T07:16:45.233-07:00A trilha maldita - por Salomon<br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Cambria","serif"; font-size: 14pt; line-height: 115%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Carona
Espectral- por Salomon<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Cambria","serif"; font-size: 14pt; line-height: 115%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Cambria","serif"; font-size: 14pt; line-height: 115%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
Ha alguns quilômetros de onde eu moro, existe uma trilha, um
caminho estreito e nivelado cercado por árvores altas e galhos secos que tomava
as mais variadas estranhas e formas. Uma mata densa e fechada cercava a trilha.
Essa trilha era usada como atalho por muitas pessoas que queriam evitar as
estradas longas e transitadas, inclusive foi nessa trilha que há cerca de cinco
anos atrás uma jovem havia perdido a vida enquanto pilotava sua motocicleta,
devia estar muito apressada, pois pilotava muito rápido dentro da trilha, e em
um exato trecho havia uma pedra que se estendia de um lado para o outro assim
formando um quebra-molas natural, logo após essa pedra havia uma curva fechada.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
O acidente poderia ter sido evitado se essa moça não
estivesse correndo tanto. Ela acabou perdendo o controle da moto e passando com
tudo por cima da pedra, acabou batendo a cabeça e morrendo, um acidente grave e
fatal. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Como ainda hoje ainda é de costume devido às culturas da
região, construíram uma cruz de madeira com seu nome, data de nascimento e
óbito, ali mesmo ao lado da trilha bem onde ela morreu onde se faz a curva. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Antes de expor o que aconteceu comigo é necessário que meus
caros leitores submergissem essas pequenas informações antes de prosseguir com
o meu relato. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Vou tentar ser o mais claro possível. Era uma noite típica
de verão, eu voltava de uma festa na cidade vizinha, rumava para casa em minha
motocicleta, já se passava da meia noite e eu estava apressado para chegar logo
em casa, então decidi pegar justamente essa trilha para adiantar logo minha
chegada em casa. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Pilotava então em meio as arvores altas, o silencio quebrado
apenas pelo barulho do motor da minha moto, os galhos que tomavam formas
assustadoras e o atalho parecia não ter fim, mas até aí tudo bem. Mas há poucos
metros mais afrente o farol da minha moto focou justamente na pedra onde há
alguns anos atrás havia acontecido um acidente fatal.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Logo depois o farol
iluminou a cruz que seus familiares construíram para ela, aquilo me deixou
aflito, eu consegui ler o nome e observar bem as datas cravadas na madeira
daquele objeto medonho, fiquei atormentado, comecei a imaginar coisas, fiquei
com medo, talvez devido às poucas (pouquíssimas) doses de álcool que eu havia
tomado na festa me deixava com os nervos à flor da pele. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Aproximava-me rápido da pedra, era hora de passar o pneu dianteiro
por ela, reduzi a velocidade, o amortecedor agiu normalmente, então era hora de
passar o pneu detrás, logo em seguida senti um forte impacto no amortecedor da
roda, como se a moto tivesse mais pesada, como se alguém tivesse subido na
garupa da moto e pego carona comigo.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Meu coração acelerou bruscamente, gotas de suor desciam pela
minha testa, e minhas costas curvavam para frente, os pelos do meu corpo
ficaram eriçados, eu estava quase sentado no tanque de combustível, pois tinha
medo de me estender um pouco para trás e me encostar com algum corpo na garupa,
levando em consideração que eu não levava ninguém comigo.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal"><br /></div><div class="MsoNormal"><br /></div>
<div class="MsoNormal">
<a href="http://24.media.tumblr.com/tumblr_mefqetJ2lJ1rghk4ho1_500.jpg" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://24.media.tumblr.com/tumblr_mefqetJ2lJ1rghk4ho1_500.jpg" width="320" /></a><div class="MsoNormal"><br /></div><div class="MsoNormal"><br /></div><div class="MsoNormal"><br /></div><div class="MsoNormal"><br /></div><div class="MsoNormal"><br /></div><div class="MsoNormal"><br /></div><div class="MsoNormal"><br /></div><div class="MsoNormal"><br /></div><div class="MsoNormal"><br /></div><div class="MsoNormal"><br /></div><div class="MsoNormal"><br /></div><div class="MsoNormal"><br /></div><div class="MsoNormal"><br /></div><div class="MsoNormal"><br /></div><div class="MsoNormal"><br /></div><div class="MsoNormal"><br /></div><div class="MsoNormal"><br /></div><div class="MsoNormal"><br /></div><div class="MsoNormal"><br /></div>Pilotei em velocidade reduzida até avistar longe no fim da
trilha as luzes da minha cidade destino, então acelerei ainda sentindo aquela força
estranha na grupa da moto, que só sumiu quando cheguei ao final da trilha.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
A lembrança dessa
experiência arrepiante eu levo comigo até hoje, mas mesmo assim nunca deixei de
usar aquela trilha como atalho, mas agora tomo algumas providencias antes de
passar por ela, sempre que vou passar sozinho por ela, me estico ao máximo ao
longo do veiculo até ocupar totalmente a garupa da moto.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Mais pessoas passaram por esse fenômeno arrepiante e
sentiram as mesmas sensações que eu, o boato que circula por aí é que a
assombração da moça que nunca conseguiu chegar em casa, pega carona
clandestinamente com qualquer individuo que passa por lá, assim matando de medo
os infelizes que encaram na pele o temor que essa assombração nos causa.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
</div>
<div class="MsoNormal">
</div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="blogger-post-footer">Este artigo pertence ao Blog: (contosinsanosdesalomon.blogspot.com.br) Plágio é crime e está previsto no artigo 184 do Código Penal. Portanto pense bem antes de copiar qualquer conteúdo aqui postado sem minha expressa autorização!</div>Dominus Brhttp://www.blogger.com/profile/15517486263583138830noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-394474222566704520.post-13033314966161896662012-11-25T06:15:00.001-08:002023-03-16T20:38:17.388-07:00Um Conto Romantico e Mediocre – por Salomon<br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"> </span> Esse conto foi a minha maior bizarrice. Sem inspiração e com caderno e caneta preparados, procurava alguma inspiração poética, calma, sombria, eu me dirigi ao cemitério durante a noite para escrever, na companhia de mais alguns amigos, no entanto só depois de contemplarmos a noite de cima do jazigo mais alto me surgiu essa ideia,</div>
<br />
<br />
<br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 18pt; line-height: 27px;"><u>Amor de john Bladley – por Salomon</u><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> O amor é forte como a morte. ! <span style="font-size: 9pt; line-height: 13px;">Salomão - (da Bíblia, Velho Testamento)</span><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> Eu sempre fui grato ao senhor que me adotou como seu legitimo filho, aos quatro anos, o riquíssimo senhor John Bradley, da família Bradley de Maryland, ele me adotou pouco após a morte de sua esposa, lady Rose Bladley minha falecida mãe adotiva, Quinze anos haviam se passado desde então.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> Até aquele dia, meu pai havia sumido fazia setenta e duas horas, e nem eu e nem os criados da família, conseguíamos ter uma noção de onde ele poderia estar, pensei que poderia ter saído para cassar e logo se perdido, mas ele não saia de quase nunca, eu estava preocupado, eu amava meu pai, ele que sempre foi um homem respeitado bem querido pelos criados e habitantes de Baltimore, tanto que todos haviam se comovido com seu desaparecimento misterioso, com carinho chamo de pai e eu mais do que ninguém temia o que poderia ter acontecido, devido ele me dar uma nova vida, eu sou grato vivamente a ele que, por tudo o que eu sou agora. Após a terceira noite de seu desaparecimento, eu estava vasculhando seu gabinete onde ele escrevia seus poemas, poesias e artigos para jornais, cada centímetro era cuidadosamente vasculhado, e quase nada além de poemas e textos eu consegui encontrar nos arquivos, decidi vasculhar a gaveta, vários poemas dedicados a uma única pessoa, Lady Rose Bradley, sempre com o mesmo nome citado em todas as dedicatórias, “A MINHA AMADA LADY ROSE BLADLEY”. Quase desistindo, eu encontrei em meio às cartas de amor, um envelope lacrado com meu nome, a letra era de meu pai, também reconheci o selo da família com um enorme B destacado, e nela uma carta com frente e verso com os seguintes escritos;</span><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Cambria","serif";"> Querido e amado filho<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Cambria","serif";"> Se encontrar esta carta então eu devo estar ausente de certa forma já está desesperado a minha procura, para violar meu espaço me gabinete e principalmente minhas gavetas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Cambria","serif";"> Não se preocupe mais meu filho, acalme-se eu sumi realmente, mas não é motivo de desespero. Eu acredito ter feito o melhor possível para educa-lo, e fazer-lhe feliz com uma vida decente, assim como sua falecida mãe cuja nunca pode conhecer, gostaria que fosse.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Cambria","serif";"> Agora tenho que relatar os fatos que me levaram a essa ausência, preste bem atenção nos fatos que vou detalhar, pois é tão importante para o seu futuro quando para o de nossas ricas propriedades, servos e o nome de nossa família, começo que quando casei-me com sua mãe e prometi-lhe todo meu amor eterno, desde nossa infância juntos sempre fomos apaixonados fiel e inocentemente, estávamos destinados mesmo a nos amar profundamente, como eu já lhe falei em outra ocasião, sua mãe era dona de uma beleza angelical, e tinha um sonho, ela sempre sonhava em ter um filho, mas minha amada Rose sofria de uma rara doença pouco estudada até hoje, ela tinha a saúde muito instável, era super sensível, convulsões e febres tomavam conta de seu corpo, mas sua saúde havia piorado naquele ultimo outono, o medico vinha visitar-nos frequentemente para averiguar sua saúde, mas nada era certo além da morte que aos poucos tomava conta de sua vida.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Cambria","serif";"> No primeiro dia do inverno sua mãe havia entrado em convulsão violenta, ela estava morrendo ali, nos meus braços o doutor nada pode fazer além de amenizar sua dor, com remédios fortemente concentrados para acalma-la. Ela morreu ali mesmo, em meus braços, seu corpo foi sepultado em um jazigo, o mais atraente do cemitério, uma obra de arte arquitetônica cuja gastei uma pequena fortuna pela estatua de um anjo com asas abertas e mãos juntas como se orasse pela alma que um dia habitou aquele corpo que descansava eternamente ali.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Cambria","serif";"> Tristes noites frias de inverno me perseguiam desde então, durante as duas primeiras semanas, a melancolia havia tomado conta do meu ser, eu não me deitei mais em nossa cama, ficava em claro, sentado em minha cadeira de balanço no canto do quarto vendo a cama onde ela deu seus últimos suspiros, os servos em vão tentavam me animar com banquetes e passeios de charrete, nada adiantava.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Cambria","serif";"> Somente após versos, poesias, poemas dedicados sempre a minha amada, lembrei que ela sempre desejava ter um filho, então lhe adotei. Foi a melhor coisa que eu fiz. Eu havia escolhido o herdeiro da nossa família, dediquei-lhe toda educação, matriculei-o nas melhores escolas e universidades, sempre me orgulhava quando em sua infância mostrava-me as suas boas notas e elogios de professores. De certa forma você devolveu a alegria de volta a nossa família, mas nada fazia o enorme dor da saudade ir embora,<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Cambria","serif";"> Nos últimos dias filho, tive visões com sua mãe, às alucinações eram fortes, certa vez tive a impressão de que ela estava ao meu lado parecia muito triste, mais triste do que eu, então lembrei que eu havia prometido, lembras quando te mencionei que nada nem mesmo a morte eu permitiria que interferisse em meu amor? Quanto à antiga questão: Quando morre quem amamos, morre também o amor? Meu amor é tão verdadeiro e puro quanto a minha própria existência, minha vida, quanto à eternidade.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Cambria","serif";"> Filho sua mãe estaria orgulhosa de ti se soubesse como você cresceu, lembre-te filho, eu te amo, e cabe a você agora cuidar de nossas riquezas terras propriedades e servos. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Cambria","serif";"> Atenciosamente: John Bladley<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Cambria","serif";"> <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjiOTmYrcYeCFlglEQA2V2cmyozJcKXV1GlM5rvnky4n536rHGtOi3jF6wCXUNgkkSxkguFwGE1vLyT9Hen3RkpfJoDZ4Y2fd0Dm2bTBkKBZRk142awZn9XCrWVEwi-Vn1MmOWfa3G9Zta2/s1600/554732_231102820346328_1838118251_n.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjiOTmYrcYeCFlglEQA2V2cmyozJcKXV1GlM5rvnky4n536rHGtOi3jF6wCXUNgkkSxkguFwGE1vLyT9Hen3RkpfJoDZ4Y2fd0Dm2bTBkKBZRk142awZn9XCrWVEwi-Vn1MmOWfa3G9Zta2/s320/554732_231102820346328_1838118251_n.jpg" width="320" /></a><span style="font-family: "Cambria","serif";"> </span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Após ler esta carta, chamei os criados, mandei que me acompanhassem, eu sabia exatamente onde estava meu pai, fui diretamente até o cemitério, de longe dava para avistar o jazigo de Lady Rose, pedi que arrombasse o cadeado, removemos a gaveta com facilidade, ela estava apenas encostada, sinal que havia sido removida, adentramos e contemplamos seu interior e o enorme baú no centro de um estabulo de concreto, sua tampa estava também apenas encostada, o cheiro de umidade e morte, entravam em minhas narinas causando-me zonzeira e ânsia de vomito, pedi para que removessem a tampa do enorme baú.quase desmaiei, diante da insanidade obsessiva do amor de meu pai por sua amada , O terror insano e aturdido tomou conta de meu ser, ao contemplar ali deitado já sem vida ao lado do que restava dos restos mortais de minha mãe adotiva, meu pai, que continha um certo sorriso demente e insano em seus lábios, um sorriso de amor , de quem só queria viver eternamente ao lado de quem mais ama em toda eternidade.<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: "Cambria","serif";"><br /></span><span style="font-family: "Cambria","serif";"><br /></span><span style="font-family: "Cambria","serif";"> </span><br />
<span style="font-family: Cambria, serif;"> †††</span></div>
<div class="blogger-post-footer">Este artigo pertence ao Blog: (contosinsanosdesalomon.blogspot.com.br) Plágio é crime e está previsto no artigo 184 do Código Penal. Portanto pense bem antes de copiar qualquer conteúdo aqui postado sem minha expressa autorização!</div>Dominus Brhttp://www.blogger.com/profile/15517486263583138830noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-394474222566704520.post-25865742891033344802012-11-22T21:08:00.004-08:002013-09-21T14:49:31.021-07:00( parte 2) - O Cavaleiro Negro Contra Cérbero – Por Salomon<br />
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Cambria","serif"; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">O Cavaleiro Negro (Black Knight) Contra
Cérbero – Por Salomon<o:p></o:p></span></b><br />
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Sensação calorenta e quente a beira do maior abismo do mundo
oculto chamado de inferno, vislumbrando a imensidão do abismo onde almas a sua
volta são jogadas a todo o momento friamente por demônios no buraco que parece
não ter fim, estava o Cavaleiro Negro montado em seu corcel negro seu cavalo batizado
pelo próprio demônio, este também se encantava com tamanha vastidão dentro do abismo
na parte mais alta daquele lugar tão aterrorizante.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Lugares exóticos, paisagens, vistas deslumbrantes e
colossais são as paixões do cavaleiro Negro, elas despertavam algo nele que não
era fácil de compreender, ficar assim tão perto de um abismo, sendo que um
palmo a frente poderia estar a sua condenação, um simples mortal
encontrar-se-ia mais cedo com a desgraça ou a morte se ainda estivesse vivo, se
desse um passo a frente. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Enquanto vislumbrava, lembrava-se de sua vida ainda como
mortal, com seu cavalo encontraram um abismo semelhante a este, talvez por
isso, talvez por fazê-lo lembrar de quem era antes do pacto, esses lugares o
encantavam tanto. Era realmente isso, suas lembranças ainda estavam perdidas,
sua cabeça ainda agora é poço profundo de imagens e vozes, lembranças de quem
era antes, perdida, que aos poucos estava recuperando. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Sua armadura de cor negra tomava a cor de vermelho
encarnado, efeito causado pelo fogo que existia em toda sua volta, a mascara
que esconde seu rosto ardia quase querendo derreter ao calor do lugar, mas nada
disso o incomodava, não sentia calor, dor, remorso, nem sensação semelhante, pontos
fracos que seu mestre arrancou-lhe para não o desviar de suas incumbências. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Seu corcel fumegava chamas pelas ventas e labaredas de fogo
surgiam de seus olhos, era o sinal que seu mestre o invocava, necessitava de
seus esforços na terra dos mortais, uma superfície plana e circular queimando
rapidamente em labaredas de fogo vermelho surge há 20 metros da beira do abismo
afrente do cavaleiro negro, era um portal que o levaria direto ao seu mestre.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Ele puxa as rédeas de seu corcel para tomar distancia, logo,
este começa a correr como uma fera selvagem correndo atrás de uma presa que percorrem
distancias desvairadamente para fugir da morte certa, eles saltam dentro do
abismo, e no impulso de sua montaria quase chegam a voar até o portal, as duas
figuras desaparecem no ar, junto com a passagem que adentraram.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Do outro lado do portal, havia barulho, o cavaleiro surge
com sua fiel montaria, causando uma quebra de agitação do ambiente, onde gritos
de dor e agonia junto com chicotadas e barulho de laminas incisando almas era a
única sonoridade do lugar agora se fazia silencio, para a passagem do cavaleiro
que era servo fiel do próprio demônio que dominava todo o recinto, e por isso
era respeitado pelas outras criaturas malignas e diabólicas do lugar.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Ele desce de seu corcel, o lugar agora é oque parece ser um
palácio gigante com pilastras que subiam infinitamente até encontrar um teto
que parecia não existir, esse é o castelo, onde o próprio demônio expulso e
condenado do Paraíso encontrava suas mordomias junto com mais demônios e alguns
seres malignos. Seu corcel fica parado, deixa-o ali mesmo, ao lado de onde estava
o portal de onde vieram que já havia desaparecido após sua entrada. Os portais
que se se abriam dando passagens a mundos diferentes era uma habilidade que só
os descendentes do próprio demônio mestre supremo, poderiam produzir. Somente o
corcel negro era uma exceção, ele poderia abrir e fechar uma passagem
dimensional do mundo oculto para o mundo dos humanos, uma habilidade adicional
que foi concedida no dia do pacto do cavaleiro negro. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Ele caminha mais
alguns metros até chegar perto do trono, e se curva como um ato de fidelidade e
mostrar veneração, com o rosto em direção ao chão. De forma alguma ele ou
qualquer outra criatura ali ousava olhar diretamente para quem residia naquele
trono, optava então por olhar sempre para o chão, ele já sabia quem estava a
sua frente, eram três tronos, com á distancia de alguns poucos metros um do
outro, de forma que dava para o cavaleiro olhar para um dos lados e ver quem
sentava a direita de seu mestre, em um trono não menos importante, uma mulher
de olhos branquíssimos, trajando um vestido negro, com seus cabelos emaranhados
caindo para frente, era a filha dele, notou que esta o encarava de volta, volta
seu olhar para o chão, aguardando as camadas de seu mestre.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Uma voz bruta e rouca com um gutural funesto e arrepiador
quebrou o silencio do lugar:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
- vá para o mundo dos mortais, meu guardião está perdido no
abismo da Geórgia, abrirei o portal que o levará-.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Sempre que tinha uma
ordem para cumprir em algum lugar ou dimensão, se não resolvesse ele mesmo, seu
mestre o mandava, direto para o lugar próximo de concluir a tarefa, era sempre preferível
o cavaleiro negro por que nunca falhara nem fracassara aos comandados de seu
mestre. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
-alguém o deixou escapar,
essa criança tola não fechou os portões após sua visita aquele mundo devastado
pelos humanos, minha pequena e irresponsável filha. Agora vá, mas lembre-se de
que ele é um de meus guardiões não terá serventia se me trouxer morto.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Esse guardião é Cérbero, um cão monstruoso e gigante com
três cabeças sempre faminto que era responsável por cuidar do lado de fora do
castelo no inferno, como era um ser ignorante e irracional que atacaria até seu
mestre, ou até mesmo seu criador, era deixado do lado de fora dos portões do
castelo que era cercado por muros como uma fortaleza. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
O cavaleiro negro apenas ouvia, não podia responder, não
havia boca literalmente em sua face, era limitado por causa de sua deformidade
macabra detrás daquela mascara escura que só deixavam exibir seus olhos
vermelhos. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
-já tens os meus comandos, agora vá... Lembre-se que eu o
quero vivo-.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Tendo recebido e entendido sua nova tarefa, o cavaleiro
negro levanta-se, revela-se um corpo malhado, alto e forte, protegido por uma
armadura negra de um material questionável até por ele mesmo. Inquebrável,
nenhuma lamina, peso, ataque ou poder era suficiente para acabar com a proteção
que ela oferecia, de tão resistente. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Enquanto caminhava em direção ao seu corcel que estava
agitado, como se ansioso pela nova missão, sua capa esvoaçava como se criasse
vida, deixando amostra a bainha que fica do lado direito presa a perna da
armadura, onde sua espada negra pousava, suas laminas também negras eram
destacadas pelo cume de cor vermelha, cujo fora feita para cortar até o mais
duro e resistente corpo existente, cortaria uma escultura de metal maciça com
uma facilidade surpreendente para os humanos, feito com o mesmo material
desconhecido que fora arranjada a armadura, sua espada era sem duvidas uma das
armas mais perfeitas criadas no inferno.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Ele chega até seu corcel que batia as patas dianteiras no
chão ainda se mostrando ansioso, a chama que saia de suas ventas, agora
incinerava mais calmamente, seu relincho era como a de um cavalo normal, mas
havia uma sonoridade diabólica no som produzido por aquele animal maligno. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Após montar-se em seu corcel, outro circulo semelhante ao
primeiro surge à frente deles, era outro portal, mas desse ao invés de chamas
calorentas e labaredas de fogo do inferno, surgia uma lebre brisa ventosa, sinal
que o lugar que os aguardava era frio, talvez fosse noite, ou madrugada do
outro lado daquela passagem.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Ele monta e novamente puxa as rédeas do animal, que entende
aquilo como uma ordem de parar ou andar para trás como era daquela vez para
pegar distancia para novamente saltar pelo portal. Antes de dar o comando ao
corcel de prosseguir no salto, o cavaleiro olha brusca e ligeiramente para o
lado de seu mestre, onde estava sua filha de olhos branquíssimos como duas
esferas reproduções perfeitas da noite mais clara de lua cheia. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Eles avançam velozmente rumo à passagem, o corcel salta quase
que voando do chão levando seu montador que o segurava firmemente pelas rédeas atravessando-a
e novamente evanescem no ar, junto com o portal. Ressurgindo ao mesmo tempo em
um lugar engolido pela noite, seu corcel relincha alto, o fogo que surge de suas
ventas é a única iluminação do local, fora a lua que no momento encontrava-se
oculta por nuvens negras que logo desapareceriam.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Se deparam frente a um novo abismo, este era tomado
pela quietude da noite, e brisas suaves, frias, despertou novamente a sensação
de paz no cavaleiro, ele desmonta de seu corcel, aproxima-se mais do abismo,
fica a um passo do precipício, e olha para baixo, fascinado, não vê o fundo
daquilo, é exatamente igual a sua cabeça, não havia lembranças, apenas o nada,
sua memoria fora apagada após o pacto, recordava-se apenas disto, agora lutava
para recupera-la. Não fazia esforço para isto, na verdade nem sabia se
realmente queria saber do seu passado, sendo que ele nunca poderá ser o mesmo
de antes. Seria eternamente um servo do ser maligno, senhor do inferno. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
No exato momento que pensava no seu mestre, a calmaria do
lugar é quebrada subitamente pela agitação nervosa do seu corcel, ele havia
pressentido a presença do guardião Cérbero, latidos estridentes estrondavam em
eco iludindo o cavaleiro a respeito da direção do barulho. As latidas eram cada
vez mais altas e estridentes, sinal que a monstruosidade se aproximava cada vez
mais. Ela estava correndo em direção a eles, corria velozmente, cada cabeça
latindo furiosamente, cada vez mais perto. O cavaleiro fica atento, mira no
horizonte os seis pontos reluzentes de luz amareladas, surgindo e se
aproximando rapidamente, eram os olhos das três cabeças de Cérbero, que corria
em direção a eles arrastando uma longa e enorme corrente presa a cada uma das
três coleiras nos pescoços. A criatura iria ataca-lo, não poderia feri-la, pois
seu amo a queria viva, elaborou rapidamente uma estratégia mental sem a menor
certeza de que daria certo. Espera atentamente a fera aproximar-se. Como de
costume seu corcel se afasta do local onde deverá ocorrer o confronto, mantendo
sempre uma distancia segura, pois apesar de possuir a mesma vestimenta do
material da armadura do cavaleiro, ela não tinha proteção que o livrasse da
morte, e ainda apesar das habilidades sobrenaturais, ainda era um animal vivo
como qualquer outro, por isso era preciso manter distancia dos confrontos de
seu montador a quem era unicamente fiel. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Cérbero se aproxima rapidamente, revelando-se uma criatura
com cinco vezes o tamanho do corcel do cavaleiro negro, mas seu tamanho parece
não incomodar o cavaleiro, que firme como o guerreiro sem medo que sempre foi
apenas mantem a postura. A cabeça do meio da criatura monstruosa, com sua boca
aberta deixando expor seus enormes dentes e com ainda restos de corpos e de
ossos presos por entre os dentes, parecia a primeira a investir contra ele. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
O cavaleiro negro que apenas aguardava o momento certo e
oportuno para por seu pequeno plano em pratica encontrava agora o momento
perfeito para pô-lo em pratica, a criatura avança na tentativa de abocanha-lo,
ele após um pequeno impulso em suas pernas, salta por cima da criatura,
deixando-a seguindo desenfreadamente rumo ao abismo. Ele cai pesadamente depois
de ter saltado por cima da criatura monstruosa, e apenas olha para trás,
vendo-a cair pelo penhasco, “uma criatura tão irracional, não havia percebido o
abismo arás de mim” pensou consigo mesmo enquanto desembainhava sua espada e
fincando-a firmemente por entre as correntes que corriam rumo ao abismo, Corrente
essa que salva a criatura de cair penhasco abaixo, ficando suspensa presa
apenas por ela, que era segurada pela espada negra que havia sido fincada
exatamente dentro do elo da corrente. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
O cavaleiro negro caminha a passos pesados novamente até a
beira do precipício, ele olha para baixo, como que para se certificar que a
criatura monstruosa ainda estivesse lá. Ela esta, seu corcel o acompanha,
coloca e desce a cabeça para o precipício para assim poder admirar também,
agora relinchava mansamente como que saudando seu montador pelo feito astuto e
corajoso. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Cérbero gemia sentindo a dor de suas coleiras sufocando lhe,
parecia implorar para que o tirassem dali, nessa hora, surge uma nova passagem,
diferente das anteriores, essa era bem maior, levava ao exterior dos muros que
rodeavam o castelo no inferno, o ponto que antes Cérbero atuava como cão de
guarda, e voltaria. O cavaleiro negro vai em direção a sua espada, põe a mão
envolvida por luva com pontas metálicas, sobre ela, e antes que pudesse
removê-la para soltar a criatura de volta para o inferno, uma voz feminina e
delicada entra em sua mente:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
- ele quer ser livre, não o mande para o inferno.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
De assombro e espanto ele rapidamente tira a mão da espada,
e olha em volta, não há ninguém... quem deve ter pronunciado estas palavras?
Quem era a dona daquela voz tão delicada e encantadora? Pensou consigo mesmo.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Lembrara-se da filha de seu mestre, sabia que fora ela que
havia libertado Cérbero, agora fazia sentido a fuga desse monstro, a filha de
meu mestre havia libertado propositalmente aquela fera, queria deixa-la livre, ela
tinha um bom coração. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Mas lembrar do belo rosto daquela belíssima senhora, e ouvir
a voz suplicar para cessar o ato, não foram suficientes, para entrar no coração
gelado e quebrar a fidelidade que ele tinha pelo seu mestre. Ele apenas arranca
a espada do elo que pendia a corrente deixando a enorme criatura cair dentro da
passagem para o inferno. Em seguida a passagem se fecha.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Olhando novamente para a imensidão do abismo, quase ignorou
os gemidos da criatura, semelhante a um choro de um cachorro desolado e com
medo, que ele havia mandado para o inferno. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhlLIHng_PklIOqE8rQhflX3HSo2fftwHT1mjzRiuANAy5HcTtsXG0p2lpjyNa2AZ9joOd7NRs8uJRvdrAEfUAZOxcdZfgVWUfpECbrngRfQHz9OHv21_sPQ237aJ6IUMFHK6_s0fCkIE85/s1600/cerberus-2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="296" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhlLIHng_PklIOqE8rQhflX3HSo2fftwHT1mjzRiuANAy5HcTtsXG0p2lpjyNa2AZ9joOd7NRs8uJRvdrAEfUAZOxcdZfgVWUfpECbrngRfQHz9OHv21_sPQ237aJ6IUMFHK6_s0fCkIE85/s400/cerberus-2.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="blogger-post-footer">Este artigo pertence ao Blog: (contosinsanosdesalomon.blogspot.com.br) Plágio é crime e está previsto no artigo 184 do Código Penal. Portanto pense bem antes de copiar qualquer conteúdo aqui postado sem minha expressa autorização!</div>Dominus Brhttp://www.blogger.com/profile/15517486263583138830noreply@blogger.com0